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Sobre vice preferido, Fla conquista o bi
Copa do Brasil dá a rubro-negros sexto título seguido contra o Vasco e primeira vaga do Brasil na Libertadores-2007
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Perdedor das últimas três finais de Copa do Brasil de que
participou (1997, 2003 e 2004),
o Flamengo quebrou a "maldição" contra seu vice preferido.
Ao bater o Vasco ontem, o time conquistou o torneio pela
segunda vez -a primeira fora
em 1990. Com o título, é o primeiro time do Brasil na Taça
Libertadores de 2007.
Foi o sexto título consecutivo
obtido pelos flamenguistas sobre o clube de São Januário, seu
tradicional rival, e o primeiro
em nível nacional do duelo.
"Não podia perder esse título
para o Vasco. Ganhei três títulos lá e saí esculachado", disse
Luizão, que marcou na primeira final, cujo placar foi 2 a 0.
O Vasco jamais ganhou a Copa do Brasil, prioridade para o
presidente Eurico Miranda
nesta temporada. O bicampeão
Flamengo é o único carioca que
conquistou o torneio.
O nervosismo vascaíno foi visível aos 17min do primeiro
tempo, quando Valdir Papel
derrubou Leonardo Moura por
trás e levou seu segundo amarelo no jogo. Foi mandado ao
vestiário com um empurrão de
seu próprio técnico, Renato
Gaúcho, que apostou nele para
fugir da má fase de Valdiram,
que começou no banco.
"Se eu tivesse bola de cristal e
soubesse que ele ia fazer essa
besteira, não escalava. Mas eu
não tenho bola de cristal", comentou o treinador, sobre o
lance capital da partida.
Imediatamente, o rubro-negro Ney Franco desmontou seu
3-6-1 para se aproveitar da superioridade numérica. Trocou
o meia Toró pelo atacante Obina. Dez minutos depois, o gol
solitário da partida nasceu.
Depois que o chute de Leonardo Moura foi rechaçado pela defesa cruzmaltina, Juan pegou o rebote. Forte, rasteiro, no
canto esquerdo de Cássio, a bola entrou. O Vasco ia a nocaute.
Porque a solidez defensiva do
Flamengo de Ney Franco era
indiscutível. O Vasco, mesmo
com a entrada de Valdiram, não
conseguiu penetrar na barreira
formada por Rodrigo Arroz,
Renato Silva e Fernando. Edilson não imprimiu velocidade
suficiente sobre os marcadores.
Morais, de quem se esperava
o organizador das jogadas vascaínas, não tinha liberdade para dar criatividade ao time
cruzmaltino, cada vez mais
nervoso e grogue. O Flamengo
valorizou até o fim a posse de
bola, principalmente com Leonardo Moura pela direita. Que,
por isso, sofreu seis faltas.
O Flamengo enfrentou seis
clubes na sua segunda campanha vitoriosa na Copa do Brasil:
Asa de Arapiraca-AL, ABC de
Natal, Guarani, Atlético-MG,
Ipatinga-MG e Vasco.
Dos seis, só o ABC venceu o
Flamengo, por 1 a 0. Dos seis, só
o Vasco está na Série A nacional. Dos seis, só o Vasco não furou a defesa rubro-negra.
O feito dá ao clube da Gávea
sua oitava participação no
maior torneio sul-americano, o
qual não conquista desde 1981.
Além disso, deverá reanimar
um time que está na 15ª posição
do Brasileiro, duas posições
acima da zona da degola.
O clássico teve tumulto na
arquibancada, especialmente
entre os torcedores vascaínos.
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