São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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Palmeiras tenta mudar histórico ruim fora de casa

Imbatível no Parque Antarctica, time busca hoje melhorar aproveitamento como forasteiro diante do novo líder

Equipe de Luxemburgo não ganhou nem um quarto dos pontos em confrontos fora e enfrenta Grêmio, que ainda não sucumbiu no Olímpico


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

No ano passado, o problema era vencer em casa. Agora, o Palmeiras figura entre os melhores do país graças ao desempenho no Parque Antarctica. Fora dele, tem sido sofrível. Hoje, contra o Grêmio, o clube tenta equilibrar a equação.
No Brasileiro-08, apenas o Internacional ostenta campanha igual à palmeirense quando joga diante de sua torcida. As duas equipes venceram seis vezes em casa e empataram uma.
No caso do time paulista, os 90,5% de aproveitamento significam a melhor marca na era dos pontos corridos -a partir de 2004, já que um ano antes o clube disputava a Série B.
Distante do Parque Antarctica, porém, a média despenca para míseros 23,8%. Só não é pior que o aproveitamento obtido em 2006 (17,5%), quando o Palmeiras terminou o campeonato a um passo da zona do rebaixamento, na 16ª colocação.
"Dentro de casa, temos feito nosso papel. O campeonato já é difícil, jogando fora complica ainda mais. Se também conseguirmos somar pontos fora, é o que vai fazer a diferença", disse o meia Diego Souza.
Em sete confrontos como visitante, o Palmeiras só venceu um. Foi contra o Vasco (2 a 0), pela sétima rodada. Saiu derrotado em quatro e empatou dois.
O goleiro Marcos, mesmo em meio à euforia pelos 4 a 2 sobre o Santos, na quinta-feira, lembrou do problema e falou que hoje, no estádio Olímpico, o time precisa ser tão mortal quanto tem sido em casa.
O arqueiro viveu o sobe-e-desce do clube nas edições passadas do Nacional e sabe, melhor do que ninguém, que não basta atropelar os adversários apenas no Palestra.
Tanto é que, desde 2004, o resultado só foi positivo quando o time balanceou melhor seus números como mandante e forasteiro.
Na primeira participação palmeirense nos pontos corridos, por exemplo, o clube assegurou vaga na primeira fase da Libertadores ganhando apenas 59,4% dos pontos em casa. Em contrapartida, faturou 55,1% dos pontos disputados fora.
Em 2005, não houve tanto equilíbrio, já que a campanha caseira (76,2%) foi superior à "estrangeira". Mesmo assim, os 38,1% dos pontos obtidos como visitante estão bem à frente da atual trilha palmeirense além dos limites de São Paulo. E mais uma vez a vaga no torneio intercontinental foi garantida.
"Tem que melhorar já! Não pode mais esperar", afirmou Diego Souza. "Temos que consolidar nossa permanência no G4 [o clube começou a rodada em quarto lugar]. O campeonato está chegando à metade. Se deixar os líderes distanciarem agora, não pegamos mais", completou o camisa 7.
Para azar de Diego, vencer o líder do torneio (28 pontos) significará superar um grupo invicto no Olímpico neste Brasileiro. Em sete jogos, foram cinco vitórias e dois empates.


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