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VÔLEI
Favorito ao ouro, time de Bernardinho encara ex-potência rediviva por vaga em final
Decepção feminina aumenta pressão sobre homens em revanche com EUA
DO ENVIADO A ATENAS
Uma medalha olímpica é o sonho de qualquer atleta. Para Bernardinho, no entanto, ela só pode
ter uma cor: dourada.
O técnico e seus comandados
sabem que um resultado que não
seja o topo do pódio em Atenas
pode depreciar um trabalho de
quatro anos recheado de glórias.
Por isso, encaram a partida contra os EUA, hoje, às 15h30, como a
primeira final nesta Olimpíada.
O duelo ganha ainda mais peso
após o fracasso da seleção feminina, ontem, que jogou sobre os
ombros dos homens a responsabilidade de repetir o feito dourado
do vôlei de praia.
O adversário da semifinal chegou desacredito à Grécia, construiu campanha razoável (3 vitórias e 2 derrotas) e ainda venceu
um confronto épico para chegar à
briga por medalhas.
Nas quartas-de-final, os EUA
perdiam para a Grécia por 2 a 1
em sets e 20 a 12 na quarta parcial,
mas viraram. No tie-break, salvaram um match point.
"Fizemos o impossível", comentou o meio Ryan Millar.
"Não davam nada por nós, mas
sabíamos desde o início que poderíamos fazer coisas especiais",
emendou o ponta Kevin Barnett.
Os norte-americanos tentam
pôr fim a um incômodo jejum.
Sua seleção, potência do vôlei e bicampeã olímpica nos anos 80, não
consegue ir ao pódio de uma
competição da "tríplice coroa"
-Olimpíada, Mundial e Liga
Mundial- desde 1994, quando
conquistaram o bronze no Mundial, também na Grécia.
O retrospecto é bem diferente
da galeria colecionada por Bernardinho desde que assumiu a seleção, em 2001. O técnico levou a
equipe a 11 títulos e 13 finais em 14
torneios disputados.
Só falta a ele o ouro olímpico,
conquistado pela única vez em
Barcelona-1992, quando a seleção
era comandada por José Roberto
Guimarães, que amanhã busca o
bronze com o time feminino.
Com este currículo, a seleção
brasileira é favorita na partida de
hoje, que ganhou em rivalidade
após o último jogo da fase de classificação. Com vaga assegurada
nos mata-matas, Bernardinho escalou um time misto contra os
EUA e viu quebrada uma série de
31 vitórias em partidas oficiais.
"O Brasil atuou de forma constrangedora", declarou o levantador e capitão Lloy Ball após o 3 a 1.
O comportamento norte-americano fez Bernardinho usar a palavra "arrogância" para se referir
aos adversários e turbinar a
"guerra de nervos".
"O primeiro jogo não valeu.
Agora chegou a hora", afirmou o
meio Gustavo.
Hoje, ao lado de Ricardinho,
André Nascimento, Giba, Dante,
André Heller e Escadinha, o
meio-de-rede tenta provar sua tese para começar a repetir Barcelona. Em 1992, a seleção bateu os
mesmos EUA, na mesma semifinal.
(LUÍS CURRO)
NA TV - Globo, Band, Sportv
2, ESPN Brasil e Bandsports,
ao vivo, às 15h30
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