São Paulo, domingo, 27 de agosto de 2006

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Brasil pega zebra por 6º título da Liga

Bernardinho busca hoje contra a França levar time ao quarto troféu seguido, a maior seqüência de um país no torneio

Vitória sobre a Rússia na semifinal dá ao time chance de superar a Itália, oito vezes campeã, mas que só ganhou três títulos seguidos

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais um título e mais um recorde. A seleção de Bernardinho, a mais vitoriosa do vôlei brasileiro, busca hoje, em Moscou, outra marca inédita.
O sexto troféu da Liga Mundial será o quinto sob o comando do treinador, seu quarto seguido. Nem a Itália, oito vezes medalha de ouro na competição, conseguiu atingir tal feito -foi apenas tricampeã.
Para atingir a marca, a seleção terá de superar a zebra do torneio, às 12h, em Moscou.
A França é intrusa na decisão da Liga, que em 16 edições ficou restrita a seis seleções.
Já era, aliás, um corpo estranho na semifinal. Os franceses têm como melhores resultados os quintos lugares em 1990, 2001 e 2004. No ano passado, ficaram no minguado 10º lugar.
Nesta Liga, os franceses venceram o grupo mais difícil do torneio. Na semifinal, arrasaram a Bulgária por 3 a 0, uma surpresa para Bernardinho.
"A França não aparece muito porque não é tão forte, mas é um time certinho taticamente, parecido com o nosso e por isso tão perigoso. Temos de descansar muito agora", analisou o meio-de-rede André Heller.
Os brasileiros já sofreram com uma zebra nesta competição. Na estréia nas finais, perderam para a Bulgária e viram ruir a invencibilidade de mais de um ano -a mais longeva com Bernardinho.
Ontem, na semifinal contra a Rússia, o time se mostrou recuperada da série de apresentações anormais. E graças, enfim, à ótima atuação dos titulares, fez 25/19, 25/19, 27/29 e 29/27.
"Eu vi uma Rússia bem mais organizada e bem mais forte do que nos Jogos Olímpicos de Atenas, na última vez que nos enfrentamos. Acho que serão um grande adverário no futuro", afirmou Bernardinho.
Nas primeiras rodadas da Liga, a seleção ficou invicta, mas só pegou rivais fracos.
Antes da estréia nas finais em Moscou, para amenizar os efeitos do fuso horário, Bernardinho mandou seu time-base para a Itália. A quase uma semana de separação foi sentida logo no duelo contra os búlgaros.
Nos jogos seguintes, o Brasil oscilou entre a boa apresentação diante da Itália e o estranho jogo com a Rússia, anteontem, vencido graças aos reservas.
Ontem, a partida começou totalmente diferente. Quase impecáveis, os brasileiros mandaram nos dois primeiros sets.
Os 2 a 0 no placar, no entanto, fizeram o time relaxar. E, com uma estratégia de saque mais arriscada, os russos conseguiram igualar o jogo.
No último set, a seleção chegou a abrir 25/23, mas não teve paciência para fechar o placar. O duelo ficou arrastado até que André Nascimento acertou um ataque e fechou o confronto.
Nem bem acabou a partida, Bernardinho juntou os jogadores na quadra. O discurso: "Esse jogo já passou, não vale mais, o importante é amanhã [hoje]".

NA TV- Liga Mundial Bulgária x Rússia, às 9h; França x Brasil, às 12h, Sportv, ao vivo


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