São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Americano desbanca recordista e é o homem mais rápido do mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

O norte-americano Tyson Gay, 25, ganhou ontem o título mundial dos 100 m, superando o jamaicano Asafa Powell, recordista mundial da prova.
"É o dia mais feliz de minha vida", disse o velocista, que também tentará o ouro nos 200 m e no revezamento 4 x 100 m.
Gay cravou 9s85, segunda melhor marca do ano, para superar o bahamense Derrick Atkins, que ficou com a prata. Powell, 24, teve que se contentar com a medalha de bronze.
Foi a primeira vez que o jamaicano subiu ao pódio em Mundiais. Recordista dos 100 m (9s77), em marca que já igualou duas vezes em 2006, Powell ainda busca sua primeira glória em um evento significativo.
Nos Jogos de Atenas-04, terminou em quinto. No Mundial de Paris-03, foi desclassificado. Machucado, não correu na edição seguinte, em Helsinque-05.
"Alguns erros me impediram de atingir meus objetivos hoje. Estava preparado e em grande forma, mas falhei na largada e não consegui acelerar bem", comentou o jamaicano.
Ontem, a vitória parecia ser certa. Apesar de ter tido um tempo de reação ligeiramente superior ao de Gay -0s145, dois milésimos a mais que o adversário-, Powell esteve à frente a maior parte da prova.
O norte-americano contra-atacou com um sprint demolidor nos últimos 20 metros, superando o rival, que também foi ultrapassado por Atkins.
"Reagi aos 70 metros. Comecei a correr como louco e nesse momento me dei conta de que tinha muita chance de vencer", contou Gay, que dedicou o título ao técnico Lance Brauman, que cumpre um ano de prisão por malversação financeira.
O campeão disse que, mesmo distante, Brauman seguiu orientando sua preparação.
"Ele me passa as planilhas de treino por e-mail ou por telefone, e eu as sigo. Sou mais aplicado quando não tenho um treinador por perto, é estranho", reconhece Gay, cujo guru deve deixar a prisão no mês que vem por bom comportamento.
Seu maior adversário reconheceu que ficou "apavorado" durante a corrida, ao ver a reação de Gay. E lançou desafio. "Hoje [ontem] estou decepcionado, mas no ano que vem temos os Jogos de Pequim. Vamos ver quem vence", disse.
Apesar do triunfo, o americano não atingiu o recorde mundial, como chegou a prometer no Japão. Há dois meses, em Nova York, Gay cravou 9s76, mas a marca não foi homologada porque o vento superou o limite permitido de 2 m/s.
"O ouro me dá mais confiança. Tenho certeza de que um dia o recorde será meu." (ALF)


Com agências internacionais

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