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Americano desbanca recordista e é o homem mais rápido do mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
O norte-americano Tyson
Gay, 25, ganhou ontem o título
mundial dos 100 m, superando
o jamaicano Asafa Powell, recordista mundial da prova.
"É o dia mais feliz de minha
vida", disse o velocista, que
também tentará o ouro nos 200
m e no revezamento 4 x 100 m.
Gay cravou 9s85, segunda
melhor marca do ano, para superar o bahamense Derrick Atkins, que ficou com a prata. Powell, 24, teve que se contentar
com a medalha de bronze.
Foi a primeira vez que o jamaicano subiu ao pódio em
Mundiais. Recordista dos 100
m (9s77), em marca que já igualou duas vezes em 2006, Powell
ainda busca sua primeira glória
em um evento significativo.
Nos Jogos de Atenas-04, terminou em quinto. No Mundial
de Paris-03, foi desclassificado.
Machucado, não correu na edição seguinte, em Helsinque-05.
"Alguns erros me impediram
de atingir meus objetivos hoje.
Estava preparado e em grande
forma, mas falhei na largada e
não consegui acelerar bem",
comentou o jamaicano.
Ontem, a vitória parecia ser
certa. Apesar de ter tido um
tempo de reação ligeiramente
superior ao de Gay -0s145,
dois milésimos a mais que o adversário-, Powell esteve à
frente a maior parte da prova.
O norte-americano contra-atacou com um sprint demolidor nos últimos 20 metros, superando o rival, que também
foi ultrapassado por Atkins.
"Reagi aos 70 metros. Comecei a correr como louco e nesse
momento me dei conta de que
tinha muita chance de vencer",
contou Gay, que dedicou o título ao técnico Lance Brauman,
que cumpre um ano de prisão
por malversação financeira.
O campeão disse que, mesmo
distante, Brauman seguiu
orientando sua preparação.
"Ele me passa as planilhas de
treino por e-mail ou por telefone, e eu as sigo. Sou mais aplicado quando não tenho um treinador por perto, é estranho",
reconhece Gay, cujo guru deve
deixar a prisão no mês que vem
por bom comportamento.
Seu maior adversário reconheceu que ficou "apavorado"
durante a corrida, ao ver a reação de Gay. E lançou desafio.
"Hoje [ontem] estou decepcionado, mas no ano que vem temos os Jogos de Pequim. Vamos ver quem vence", disse.
Apesar do triunfo, o americano não atingiu o recorde mundial, como chegou a prometer
no Japão. Há dois meses, em
Nova York, Gay cravou 9s76,
mas a marca não foi homologada porque o vento superou o limite permitido de 2 m/s.
"O ouro me dá mais confiança. Tenho certeza de que um
dia o recorde será meu."
(ALF)
Com agências internacionais
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