COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Sobraram referências folclóricas, de belezas naturais, políticos e depoimentos de técnicos e artistas nas apresentações que oito cidades candidatas a sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 fizeram neste fim de semana a inspetores da Fifa, no Rio.
Faltaram, na maioria dos casos, orçamentos independentes de dinheiro público, como antecipou a Folha.
Entre Florianópolis, Curitiba, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Manaus, Rio Branco e Belém, apenas as duas primeiras apresentaram previsões de estádios sem uso de verba governamental.
E, na capital de SC, o governo estadual admite injetar dinheiro, em parceria público-privada, na reforma do Orlando Scarpelli. O estádio seria ampliado de 19.908 lugares para 41.700.
Na capital do Paraná, o trunfo é a Arena da Baixada, que o Atlético Paranaense pretende ampliar de 26 mil para 41.300 lugares, com orçamento de R$ 59,6 milhões.
O líder do governo na Câmara Municipal de Curitiba, Mário Celso Cunha, disse que os membros da Fifa se queixaram de que as cidades nordestinas, que se apresentaram na sexta, mostraram mais temas folclóricos do que infra-estrutura. Houve participações de índios e violeiros. Contudo, ao visitar o Maracanã, ontem, o chefe da comitiva da Fifa, Hugo Salcedo, disse que as apresentações foram "muito boas".
Hoje, os inspetores encontram-se com o presidente Lula em Brasília. Nesta semana, irão vistoriar ainda Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. As cinco estão pré-selecionadas para o Mundial. Em outubro, a Fifa dirá se o Brasil, candidato único, tem condição de sediar a Copa.

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