Com vários reservas, time de Muricy busca a classificação na Sul-Americana

Rubens Cavallari/Folha Imagem

O lateral-esquerdo Cazumba (centro), uma das promessas do São Paulo que enfrenta hoje o Atlético-PR pela Sul-Americana

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O confronto de hoje às 22h entre São Paulo e Atlético-PR no Morumbi, pela Copa Sul-Americana, pode não ter muitos atrativos para o torcedor são-paulino. Mas para a pequena cidade baiana de Amélia Rodrigues e seus quase 25 mil habitantes, a partida vai ser mais uma chance para Alex Cazumba cumprir a transição de promessa a realidade para um dia tornar famosa sua cidade natal.
Aos 20 anos, e pouco conhecido do torcedor, o promissor Cazumba lembra de sua curta trajetória. "Meu pai é encanador aposentado e minha mãe trabalha em casa. Todo mês eu os ajudo", falou o jogador.
Se Cazumba não esconde a ansiedade de entrar em campo num jogo que vale vaga diante do Atlético-PR, o técnico Muricy Ramalho se incumbe de proteger seus pupilos. "Eles têm de jogar sem pressão. São garotos, não podemos queimar ninguém", disse o técnico.
Na partida de ida, quando houve um empate sem gols, Muricy elogiou o desempenho do time. Para se classificar e seguir na competição, o São Paulo precisa vencer. Caso haja empate com gols, o Atlético-PR fica com a vaga. Um novo 0 a 0 leva a disputa para os pênaltis.
Em um torneio que pouco vale para os times brasileiros, Muricy usa essas partidas para garimpar novos talentos. "É uma meta do clube. Tem garoto de 16 anos no elenco. Não os pressiono, mas quero que joguem com alegria."
Sem muito sucesso com o São Paulo na competição -dos sete jogos que cumpriu desde que chegou ao clube pelo torneio continental, venceu apenas um- Muricy admite que a Sul-Americana não é atrativa. "Acho que se valesse vaga na Libertadores o interesse seria outro", afirma o treinador.
O trunfo maior do técnico está no gol, com Rogério escalado. "Os garotos convivem com o ídolo, jantam, treinam. Isso é muito importante para a formação deles", falou Muricy.