São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011 |
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Passado Com só dois titulares dos tempos de Muricy e novo estilo, São Paulo enfim se esquece de seu ex-treinador LEONARDO LOURENÇO RAFAEL REIS DE SÃO PAULO Levou dois anos, mas o São Paulo finalmente conseguiu deixar para trás a herança do seu último técnico vencedor. O time que reencontra amanhã Muricy Ramalho, agora no Santos, não lembra mais em quase nada aquele que faturou três Brasileiros consecutivos (2006/07/08) sob o comando do treinador. O estilo de jogo, antes baseado na forte marcação e nas bolas aéreas, foi substituído por um futebol mais solto, que prioriza a velocidade. As peças também passaram por mudança radical. Dos titulares de Adilson Batista, apenas Rogério e Dagoberto já eram figuras importantes nos tempos do antigo treinador -Wellington chegou a jogar, mas era um menino em busca de espaço. O atual técnico são-paulino rompeu um dos últimos resquícios de Muricy ao mandar para a reserva o até então intocável volante Jean, jogador que gozava de grande prestígio com o antecessor. Foi o fim de um processo longo, que demorou bastante até mesmo para começar. Apesar de ter encerrado o trabalho de três temporadas e meia em junho de 2009, Muricy só começou a ser realmente apagado do São Paulo no segundo semestre do ano passado, com o advento da geração de Lucas e Casemiro. Em dezembro, saíram Jorge Wagner e Richarlyson, dois símbolos do treinador. Sua zaga titular, formada por Alex Silva e Miranda, deixou o clube no primeiro semestre. Aos poucos, os chuveirinhos e gols de escanteio tão tradicionais do antigo técnico foram substituídos por triangulações e contra-ataques. E por muita correria. Os principais atacantes utilizados por Adilson são velocistas e baixinhos. Dagoberto, artilheiro do time no ano, tem apenas 1,75 m, e o cabeceio não é seu ponto forte. "A obrigação do técnico é conhecer todos os times. [O São Paulo] mudou muito", afirmou Muricy, que levou Borges ao Santos e fez do seu antigo parceiro de Morumbi o artilheiro deste Brasileiro. Curiosamente, foi Adilson que iniciou a temporada como chefe de Neymar. E fracassou. O Santos só conseguiu deslanchar e faturar o título da Libertadores depois da chegada do atual técnico. "Ele está com a vida ganha", afirmou Adilson sobre as comparações entre seu trabalho e o do técnico que o clube em que trabalha tanto insistiu em não esquecer. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Treinador faz mais sucesso que clube Índice | Comunicar Erros |
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