São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011

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Em meio a afagos, Bruno bate

F-1
Renault reforça insatisfação com Heidfeld e prestigia brasileiro, que não completa treino


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A
SPA-FRANCORCHAMPS


Na pista, não foi o início que Bruno Senna esperava no fim de semana de estreia como piloto titular da Renault -bateu forte na sessão da manhã e perdeu o precioso tempo que tinha para treinar.
Mas, fora dela, o brasileiro ganhou um importante apoio para tentar manter a vaga até pelo menos o final do ano.
Ao comentar pela primeira vez a demissão de Nick Heidfeld, ontem, no paddock de Spa, o chefe da Renault, Eric Boullier, saiu em defesa do brasileiro e declarou que a decisão de promovê-lo foi estritamente técnica.
"Nós fizemos uma avaliação do nosso desempenho e do nível de motivação da equipe durante estas férias e decidimos que era hora de tomar uma nova direção", declarou o dirigente francês.
"Não estava satisfeito com a velocidade do Nick e seu desempenho de maneira geral para um piloto tão experiente como ele. Nick é um cara legal, mas não funcionou."
Boullier ainda disse que esperava que o alemão, de 34 anos e em sua 12ª temporada na F-1, assumisse um papel de liderança dentro do time por causa do afastamento de Robert Kubica, que acidentou-se num rali em fevereiro.
"Quando você está numa espiral negativa, é complicado parar, então eu tive que mudar alguma coisa na equipe, tive que dar uma chacoalhada nos pilotos e acordar todo mundo", disse Boullier.
Mas, apesar de o dirigente ter sido bastante claro que quer manter Bruno até o fim do ano, a decisão agora está nas mãos de um juiz da Alta Corte de Londres, já que Heidfeld entrou com processo para tentar reaver a vaga.
O alemão, que está na Bélgica vestido como os outros membros da equipe, argumenta que seu contrato vai até o final da temporada e que quer voltar a correr.
Segundo a Folha apurou, a única cláusula de rescisão no acordo firmado com ele em março diz respeito à eventual volta de Kubica às pistas.
Garantido somente neste final de semana e no GP da Itália, Bruno afirmou ontem que, apesar de o imbróglio ter chegado à Justiça, sua relação com Heidfeld é amigável.
"Depois do primeiro treino de hoje [ontem], ele foi na reunião ver o que estava acontecendo, me falou da impressão que ele tinha para o acerto do carro, então ele veio ajudar um pouco, não apenas marcar presença", declarou o brasileiro, que acabou o primeiro dia de treinos livres do GP da Bélgica no 17º posto.
"Honestamente, não estou pensando neste caso agora. Quero fazer o melhor que puder nestas corridas e depois vamos ver o que acontece."
Mas se Bruno não se incomodou com a presença de seu antecessor no motorhome da Renault neste fim de semana, Boullier disse ter ficado muito surpreso com a "visita".
"Acredito que ele não queira se colocar em uma situação que configure quebra de contrato. Se ele estiver aqui para ajudar a equipe, eu não vejo nenhum mal nisso", declarou o dirigente da Renault.

NA TV
Treino de classificação do GP da Bélgica
9h Globo




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