São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Painel FC

EDUARDO ARRUDA (interino) - painelfc.folha@uol.com.br

Três é demais

Na luta contra os fundos de investimentos, a diretoria do São Paulo tem usado um outro trunfo. Fez documento em que não reconhece a transferência de direitos econômicos de seus atletas para empresas. Justifica isso dizendo que o dinheiro de transações recebido nas negociações internacionais chega só aos clubes no Brasil, beneficiados por legislação específica que os assemelha a exportadores. Por isso, quando recebe verba, o clube acaba repassando parte do dinheiro ao atleta, mesmo que ele a tenha vendido a outros.

Segurança. Um dos motivos para essa precaução, dizem cartolas são-paulinos, é que o clube teme transações de empresas que possam caracterizar evasão de divisas. Como não gozam do benefício da lei de exportação, muitas negociações são feitas sem que o dinheiro passe pelo país.

Fraco. O São Paulo deve ter problema para fechar seu balanço no azul neste ano. "O assédio que recebi neste ano foi 10% de anos anteriores", disse o presidente Juvenal Juvêncio. Ele atribui o número à crise dos principais clubes europeus, principalmente os italianos e os espanhóis.

Garganta. Não pegou bem entre os oposicionistas o fato de o vice do Palmeiras Arnaldo Tironi, do grupo de Mustafá Contursi, ter feito discurso enaltecendo o situacionista Salvador Palaia, homenageado na Câmara Municipal.

Longe. Tironi, que, segundo a oposição, deseja ser o candidato do grupo na próxima eleição presidencial, ficou mais distante disso.

Mudo. O presidente Affonso della Monica tem evitado comentar no clube a proposta de estender seu mandato. Delegou a tarefa a seus assessores mais próximos.

Cofre. Pessoas que tiveram contato com Robinho disseram que o rompimento dele com Wagner Ribeiro ocorreu por causa da comissão recebida pelo agente na venda do atleta para o Manchester City.

Olho grande. A alegação é a de que o jogador foi para o City, e não para o Chelsea, como queria, porque Ribeiro ganhou porcentagem maior na transação com a equipe comprada por um grupo árabe.

Apoio? Aliados de Andres Sanchez contam que o apoio que o presidente corintiano recebeu de Alberto Dualib e Nesi Curi na última eleição teve efeito negativo. Crêem que só serviu para ajudar Paulo Garcia, que se aliou a Dualib em pleitos anteriores.

Sangue. Com os pedidos de desligamento do quadro de sócios de Dualib e Nesi, o presidente do conselho, Carlos Senger, tirou da pauta da reunião de terça o julgamento de expulsão da dupla, motivando protestos de conselheiros.

Bolso cheio. A Confederação Brasileira de Futsal renovou o patrocínio com os Correios por mais um ano. Receberá R$ 8 milhões. O acordo deve ser assinado na segunda.

Colaboraram MARIANA BASTOS e RENAN CACIOLI, da Reportagem Local

Dividida

"Ele diz que me apoiou, mas, na verdade, o que ele fez foi me fazer perder votos. Muita gente deixou de votar em mim por rejeição a ele"
De ANDRES SANCHEZ , presidente do Corinthians, sobre o apoio de Alberto Dualib a ele na eleição presidencial do clube



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