São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Palmeiras vai repetir segurança em clássico

Partida contra o São Paulo, que sofreu com gás em vestiário, será no Parque

Diretor do clube, que passa por um momento político conturbado, não vê razão para medidas urgentes no duelo do dia 19 de outubro


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras não pretende reforçar a segurança para o clássico contra o São Paulo, no dia 19 de outubro, confirmado ontem pela CBF para acontecer no Parque Antarctica.
"O clube sempre teve cuidado com os vestiários. Não tem por que mudar", declarou o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr.
O Palmeiras foi acusado no caso do gás lançado no vestiário são-paulino no intervalo da segunda partida da semifinal do Paulista deste ano, no dia 20 de abril (2 a 0 para o mandante).
Denunciado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto), o clube foi considerado culpado.
No último dia 11, o Palmeiras teve rejeitado pelo STJD seu recurso e terá de pagar R$ 10 mil de multa, além de ter perdido o mando de campo por um jogo para o próximo Estadual.
Nesta semana, reportagem do diário "Lance!" mostrou que o Ministério Público obteve por acaso, por meio de escutas telefônicas ligadas a um inquérito que apura caso de ingressos falsos, dados indicando que um torcedor palmeirense contaminou o vestiário do São Paulo e que um diretor do Palmeiras sabe quem é a pessoa.
O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Seraphim del Grande, disse que será aberta sindicância para identificar o diretor que teria conhecimento sobre o torcedor.
Cyrillo Jr., o diretor administrativo, achou estranho a nova informação ter aparecido no momento em que o clube vive fase turbulenta na política.
O grupo ligado ao presidente Affonso della Monica pretende estender o mandato, que termina em janeiro. Após ser cogitada a idéia de extensão até outubro do ano que vem, o grupo falou em nova reeleição -pelo estatuto do clube, só é permitida uma. Della Monica já está no poder pelo segundo mandato.
O fato não agradou ao grupo "Muda Palmeiras", que ajudou o presidente a se eleger. Para evitar o rompimento, já se fala no clube que Della Monica voltou a sinalizar com a primeira alternativa, de só ficar até outubro de 2009 no cargo.


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