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Palmeiras vai repetir segurança em clássico
Partida contra o São Paulo, que sofreu com gás em vestiário, será no Parque
Diretor do clube, que passa por um momento político conturbado, não vê razão para medidas urgentes no duelo do dia 19 de outubro
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras não pretende reforçar a segurança para o clássico contra o São Paulo, no dia 19
de outubro, confirmado ontem
pela CBF para acontecer no
Parque Antarctica.
"O clube sempre teve cuidado com os vestiários. Não tem
por que mudar", declarou o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr.
O Palmeiras foi acusado no
caso do gás lançado no vestiário
são-paulino no intervalo da segunda partida da semifinal do
Paulista deste ano, no dia 20 de
abril (2 a 0 para o mandante).
Denunciado no artigo 213 do
Código Brasileiro de Justiça
Desportiva (deixar de tomar
providências capazes de prevenir e reprimir desordens em
sua praça de desporto), o clube
foi considerado culpado.
No último dia 11, o Palmeiras
teve rejeitado pelo STJD seu
recurso e terá de pagar R$ 10
mil de multa, além de ter perdido o mando de campo por um
jogo para o próximo Estadual.
Nesta semana, reportagem
do diário "Lance!" mostrou que
o Ministério Público obteve
por acaso, por meio de escutas
telefônicas ligadas a um inquérito que apura caso de ingressos
falsos, dados indicando que um
torcedor palmeirense contaminou o vestiário do São Paulo e
que um diretor do Palmeiras
sabe quem é a pessoa.
O presidente do Conselho
Deliberativo do clube, Seraphim del Grande, disse que será
aberta sindicância para identificar o diretor que teria conhecimento sobre o torcedor.
Cyrillo Jr., o diretor administrativo, achou estranho a nova
informação ter aparecido no
momento em que o clube vive
fase turbulenta na política.
O grupo ligado ao presidente
Affonso della Monica pretende
estender o mandato, que termina em janeiro. Após ser cogitada a idéia de extensão até outubro do ano que vem, o grupo falou em nova reeleição -pelo
estatuto do clube, só é permitida uma. Della Monica já está no
poder pelo segundo mandato.
O fato não agradou ao grupo
"Muda Palmeiras", que ajudou
o presidente a se eleger. Para
evitar o rompimento, já se fala
no clube que Della Monica voltou a sinalizar com a primeira
alternativa, de só ficar até outubro de 2009 no cargo.
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