São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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JUCA KFOURI

Derrota de campeão


As circunstâncias do jogaço no RS permitem ao corintiano acreditar, e cada vez mais, no título

PERDER NUNCA é bom, mas há derrotas e derrotas. A do Corinthians para o Inter ontem é daquelas que em vez de assustar dão alento, porque fruto também do acaso. Não só, mas também.
Acaso que levou a bola fatal no minuto final a desviar na barreira, bater no travessão e entrar, travessão que o Corinthians acertara duas vezes no jogo sem a mesma sorte. O Corinthians perdeu, como poderia ter empatado ou vencido. A derrota não foi injusta, o empate teria sido justo, e uma vitória tornaria o penta tão palpável que, faltando ainda tudo o que falta a ser disputado no Brasileirão, talvez fosse difícil de administrar.
Se o Corinthians vinha de duas vitórias memoráveis fora, contra Fluminense e Santos, desta vez protagonizou uma derrota inesquecível, pelas circunstâncias de um jogo que foi só colorado até o gol de Tinga, equilibrado até o empate de Jorge Henrique, indefinido quando o estrelado Alecsandro entrou para desempatar e aparentemente decidido quando Bruno César empatou de novo.
Mas o campeonato parece que precisava da sacudida que o gol de Andrezinho, no derradeiro minuto, significou, ao devolver ao Fluminense a liderança que buscou com competência no Barradão, ao vencer o Vitória por 2 a 1. O 3 a 2 do Beira-Rio é mais um jogo a entrar para a história deste clássico Corinthians x Inter e tem enorme possibilidade de vir a ser lembrado como o da derrota que aumentou a confiança alvinegra no penta brasileiro em seu centenário. Definitivamente, ganhando ou perdendo, o Corinthians está jogando como o corintiano gosta.

E AS VITÓRIAS?
Se o Corinthians perdeu como campeão, que dizer das retumbantes vitórias de Santos e Palmeiras no Cruzeiro e no Flamengo, respectivamente?
Dizer que a do Santos ainda não o habilita ao título, e que na Libertadores o time já está.
E que a do Palmeiras, embora animadora, dificilmente permitirá lutar por vaga no torneio continental. Ganhar do Flamengo não tem maior significado, diferentemente de vencer o Cruzeiro. Veremos o que acontecerá no meio de semana contra o Inter.

E A GOLEADA?
Triste mesmo entre os grandes na rodada que passou foi o papel do São Paulo, em casa. Fazia tempo que não se via um time errar tanto na frente e errar ainda mais atrás, ao presentear o Goiás com pelo menos quatro chances de gol, das quais duas foram aproveitadas para o humilhante 3 a 0.

blogdojuca@uol.com.br


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