São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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Presidente ressurge no São Paulo

Má fase e fim da "novela Morumbi" repõem Juvenal no dia a dia do time

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

A temporada tumultuada do São Paulo tirou Juvenal Juvêncio do ostracismo.
O presidente, que pouco era notado no CT da Barra Funda, voltou a frequentar os treinos da equipe. Não da tradicional forma reservada. Agora, ele quer ser notado.
Juvenal visitou o elenco antes dos três últimos jogos. Na véspera da derrota por 3 a 0 para o Goiás, anteontem, acompanhou os trabalhos de dentro do campo, ao lado do auxiliar Milton Cruz.
O mandatário também foi visto nos últimos dias conversando com Sérgio Baresi durante um treinamento, o que obrigou o técnico a negar qualquer interferência do chefe no seu trabalho.
"Eu acho que não houve nenhuma modificação na rotina dele. O Juvenal vai pelo menos três vezes por semana ao CT. Na maioria das vezes, os jornalistas nem ficam sabendo. Mas, em alguns momentos, ele fica mais visível para mostrar a todos o apoio que dá aos jogadores", disse o diretor de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes.
Após quatro anos brigando pelo título brasileiro, o São Paulo de 2010 está longe até mesmo de uma vaga para a próxima Libertadores.
O clube, que disputa o torneio ininterruptamente desde 2004, está dez pontos atrás do Cruzeiro, terceiro colocado no Brasileiro e último classificado para a competição sul-americana.
Além das aparições em treinos, Juvenal precisou ir a público recentemente para descartar a contratação de Dorival Jr. e defender a manutenção de Sérgio Baresi. Técnico, aliás, que tem seguido à risca a cartilha do dirigente: aumentar o espaço da base no elenco profissional.
"O presidente vai semanalmente a Cotia [onde treinam as categorias inferiores]. Conhece até os jogadores do infantil e juvenil", declarou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha.

QUESTÃO MORUMBI
Os próprios dirigentes admitem que o aumento de visibilidade de Juvenal no futebol do clube também está ligado à interrupção da novela sobre a participação do Morumbi na Copa de 2014.
O projeto do estádio foi excluído dos planos depois de a Fifa recusar uma proposta mais barata de reforma apresentada pelo São Paulo.
Nos bastidores, a diretoria ainda fala em uma possível reviravolta. Mas o caso caiu para um segundo plano.
"O esfriamento dessa história deu mais tempo a ele. Antes, o Juvenal estava muito ocupado com as coisas do Morumbi. Não que ele tenha abandonado o futebol, mas agora o espaço é maior para se dedicar ao dia a dia", declarou o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.


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