São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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FOCO

Paul, o polvo adivinho, maior astro da Copa da África, morre na Alemanha



Roland Weihrauch/France Presse
Funcionária põe faixa de luto na fachada do aquário em Oberhausen

SANDRO MACEDO
DE SÃO PAULO

McCartney passa bem, obrigado. O ex-Beattle estará no Brasil para shows no mês que vem, todos com ingressos devidamente esgotados. Mas o segundo Paul mais famoso do nosso curto século, o polvo Paul, está morto.
Engraçadinhos correram para a internet para atribuir o óbito a uma confusão mental. Teriam pedido a Paul para adivinhar se o Corinthians teria um estádio ou quem seria o próximo presidente do Brasil (no lugar de Lula, cefalópode famoso por aqui).
Nada disso. Apenas "causas naturais", de acordo com a administração do aquário na cidade alemã de Oberhausen, onde conheceu a fama.
Morreu com dois anos e nove meses, pouco menos do que os três anos estimados para a criatura -os astros sempre morrem mais cedo.
O octópode nasceu na Inglaterra, viveu na Alemanha e, desde o fim da Copa, ganhou o título de "cidadão ilustre" de Carballiño (Espanha). Um cidadão do mundo.
Já adorado na vizinhança alemã, Paul ganhou fama internacional ao acertar sistematicamente quem venceria os confrontos que envolviam a seleção germânica.
Na disputa do título, antecipou o triunfo espanhol.
Sua habilidade em prever o futuro levantou a suspeita de assassinato por "bookmakers". Seria o inédito filme chinês "O Assassinato do Polvo Paul" também uma obra futurista? -a hipótese já foi descartada por conhecidos do polvo.
Para usar uma palavra da moda, Paul morreu sem deixar seu "legado" -o cefalópode nunca conheceu o amor de uma fêmea.


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