São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Maurren conquista o tri no salto

ATLETISMO Marca de 6,94 m daria à brasileira o 1° lugar no Mundial deste ano, no qual foi 11ª

DO ENVIADO A GUADALAJARA

Maurren Maggi, 35, definiu os Jogos Pan-Americanos como prioridade neste ano. Afirmou que a competição em Guadalajara valeria mais que o Mundial em Daegu, na Coreia do Sul, há dois meses.
"Com certeza valia mais. Não sei quantas mulheres são tricampeãs pan-americanas. Agora quero o tetra no Canadá, onde tudo começou", declarou Maurren depois do terceiro título no salto em distância nos Jogos, referindo-se ao próximo Pan, em Toronto, daqui a quatro anos.
A atleta ganhou o primeiro título na cidade canadense de Winnipeg, há 12 anos. Naquele Pan, também foi prata nos 100 m com barreiras.
Ontem, Maurren saltou 6,94 m, em sua terceira tentativa, e obteve o ouro no Pan com 77 cm a mais do que havia alcançado na final do Mundial, em que foi só a 11ª.
A brasileira chegou a saltar 6,86 m nas eliminatórias em Daegu, mas não repetiu o desempenho na final, quando queimou dois saltos e teve só uma tentativa válida.
A paulista de São Carlos seria campeã mundial com a marca alcançada ontem.
Na Coreia do Sul, a americana Brittney Reese, que não competiu no Pan, fez 6,82 m para conquistar o título.
"Estava bem, esperava um salto bom", disse Maurren, cujo tri nos Jogos veio com dois amuletos de sorte, as medalhas que conquistou no Rio e em Winnipeg. "Trouxe e coloquei na bolsa da minha treinadora [Tânia Moura]."
Porém nem mesmo a técnica sabia dos ouros escondidos. Maurren disse para Tânia pegar o saquinho que estava na mochila apenas depois da conquista no Pan.
Nélio Moura, marido de Tânia e treinador de Maurren também, disse que se surpreendeu com o que estava escondido ao lado da pista.
A brasileira dedicou o ouro à filha Sofia e ao saltador Caio Cézar, campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude, no ano passado, e que se recupera de contusão.
A prata em Guadalajara ficou com a americana Shamela Marshall (com 6,73 m), e o bronze, com a colombiana Catherine Ibarguen (6,63 m).
A outra brasileira na prova, Keila Costa, 28, ficou em quinto lugar, com 6,37 m.
Maurren poderia ser tetracampeã do Pan, mas foi suspensa por dois anos em razão de doping antes dos Jogos de Santo Domingo, em 2003.
A saltadora argumentou que havia utilizado um creme cicatrizante pós-depilatório para explicar a ocorrência do esteroide anabólico clostebol no exame antidoping.
Em Pequim-2008, Maurren saltou 7,04 m para ganhar o ouro inédito para o atletismo feminino do Brasil. A atleta, aliás, era a única no Pan que havia saltado mais de 7 m -seu recorde é 7,26 m. (MM)



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