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BASQUETE
Com 16 times, torneio tenta superar diferenças entre os concorrentes
Inchado, Nacional começa com "abismo" entre equipes
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Inchado, com a presença de
mais duas equipes -Unisanta e
Ajax-Universo/Goiás-, começa
hoje o 12º Campeonato Nacional
masculino de basquete com a participação de 16 clubes.
Com o intuito de movimentar
os outros Estados, que não contam com vaga na competição, a
CBB (Confederação Brasileira de
Basquete) promoveu competições regionais pelo país e um quadrangular final valendo duas vagas para o torneio Nacional.
Apesar das boas intenções da
entidade, há um desnível grande
entre equipes consideradas favoritas -Vasco, Flamengo, Tilibra-Copimax/Bauru e Marathon/
Franca- e times que dificilmente
sairão das últimas posições -casos de Ipiranga-Badesc e Sogipa,
campeões catarinense e gaúcho.
"Mas não havia outro jeito. Caso a CBB tirasse as equipes da região Sul do Nacional, estaria matando o basquete nesses Estados",
declarou o técnico Aluísio Ferreira, o Lula, do COC/Ribeirão Preto, que conta com uma equipe jovem e capaz de surpreender.
Com o acréscimo de duas equipes, também subiu o número de
jogos na fase de classificação: 240
este ano, contra 182 em 2000.
Apesar de mais viagens, os treinadores, em geral, não reclamam
do excesso de jogos.
"Acredito que o nível técnico
em que se encontra hoje o basquete brasileiro permita 16 equipes na competição nacional. Metade das equipes tem condições
de erguer o título", disse o técnico
Hélio Rubens Garcia, do Vasco.
O treinador vascaíno tem uma
base forte para tentar o bicampeonato nacional. O time conta
com vários jogadores de seleção
-Demétrius, Helinho, Rogério,
Aylton e Sandro Varejão-, além
de dois estrangeiros de bom nível
-Charles Byrd e Vargas.
Para tentar seu primeiro título,
o Flamengo tem a pontaria do veterano ala Oscar, cestinha das cinco últimas edições do torneio.
O grande problema das duas
equipes tem sido os atrasos de pagamento. Os cortes de 30% nas
despesas do Flamengo motivaram as saídas do ala Paulinho Villas-Boas e do armador Duda. O
armador Demétrius teve atritos
com o Vasco pelo mesmo motivo.
Bauru e Franca, favoritos para
retomar no torneio a hegemonia
de São Paulo, que tem 31 dos 35 títulos brasileiros disputados, terão
que enfrentar também o cansaço
causado pelas finais paulistas, que
terminaram domingo passado.
Em 2000, o cansaço foi o principal adversário do Bauru. Após
uma campanha muito irregular, o
time terminou a primeira fase na
nona colocação e não obteve vaga
nem nas quartas-de-final.
"Vamos fazer uma campanha
melhor do que no ano passado,
apesar de não termos tido tempo
para fazer pré-temporada", disse
o técnico Guerrinha, do Bauru.
Terceiro colocado no ano passado, o Unit/Uberlândia aposta
na força de veteranos como o armador Marc Brown, 32, e na juventude do ala-armador Dedé, 23,
e do pivô Luís Fernando, 23.
O time terá um desgaste a mais:
disputa, além do Nacional, a Liga
Sul-Americana de clubes -juntamente com Vasco e Flamengo.
Mas, com menos opções no banco do que os colegas do Rio, o técnico Carlos Alberto Rodrigues, o
Carlão, pode ter mais dificuldade.
O Botafogo, vice do Estadual do
Rio, centrará o jogo em sua estrela
solitária: o ala-armador Marcelinho. E o Valtra/Mogi conta com
boa estrutura de jogo, já que tem a
mesma base há algum tempo.
Em um segundo escalão, sonhando com uma vaga na segunda fase, estão Unisanta, Goiás,
Fluminense -todos novatos no
Nacional-, Casa Branca, Hebraica e Apuel-Sercomtel/Londrina.
Com dois estrangeiros de bom
nível, o ala Brent Merrit e o pivô
Mike Higgins, o Fluminense entra
na competição com mais chances
que seus concorrentes diretos.
A fórmula de disputa foi mantida. As equipes se enfrentam em
turno e returno. As oito melhores
vão aos mata-matas, que serão
realizados em séries de cinco partidas até a decisão do título.
NA TV - Hebraica x Vasco, às
11h; Uberlândia x
Fluminense, às 13h; Goiás x
Flamengo, às 19h, ao vivo, na Sportv
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