São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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São Paulo teme clima frio em Libertadores quente

Baixa procura de ingressos, jejum negativo e atletas debutantes geram dúvidas

Pela primeira vez desde a era Telê, equipe pode ficar quatro jogos sem vencer na disputa que parece agora atrair mais outras torcidas

Fernando Santos/Folha Imagem
Rogério treina no São Paulo para o jogo com o Alianza Lima pela Libertadores, hoje, no Morumbi


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo estréia hoje em casa na Libertadores lutando contra vários indícios e dados estatísticos de que o tradicional caldeirão são-paulino no principal torneio da América estará frio contra o Alianza Lima.
O time de Muricy Ramalho tenta evitar, pela primeira vez desde a era Telê Santana, um jejum de quatro jogos seguidos de Libertadores sem vitória. Não bateu o Internacional nas finais de 2006 e estreou com empate sem gols diante do chileno Audax Italiano neste ano.
Desde a derrota na primeira partida na Libertadores de 1992, o São Paulo não experimenta uma seqüência de mais de três jogos sem vencer na disputa preferida do são-paulino.
E o time, agora, não tem a mesma experiência internacional dos últimos vitoriosos anos.
Como bem disse o técnico do peruano Alianza, o uruguaio Gerardo Pelusso, o São Paulo tem um time com mais jogadores jovens. ""Falei que o São Paulo não conta mais com Lugano, Mineiro, Fabão, Danilo. O time atual tem bons jogadores jovens e futuro, mas não é aquele que ganhou a América e o mundo", afirmou Pelusso, que usufruiu do CT são-paulino em seu último treino visando o jogo de hoje no Morumbi.
""Ele [Pelusso] não falou nada em tom de provocação. O que falou é verdade", declarou Muricy, que coloca a Libertadores como prioridade no semestre.
Ilsinho e Miranda são dois destaques são-paulinos de pouca idade que ainda não sabem o que é defender o São Paulo diante de sua torcida em Libertadores. ""Vou sentir um friozinho na barriga", admite o ex-lateral-direito palmeirense.
""A gente sabe da responsabilidade que é jogar pelo São Paulo uma Libertadores", fala, por sua vez, o seguro zagueiro.
O São Paulo integra o Grupo 2 da Libertadores e precisa vencer para assumir, mesmo que provisoriamente, a liderança, hoje do mexicano Necaxa.
A procura pequena de ingressos por parte dos torcedores também incomoda o clube, que fez promoção na venda de carnês para os jogos da primeira fase e não viu muito retorno.
Na estréia caseira do time em 2004, quase 55 mil pessoas pagaram para ver o time jogar. No ano seguinte, a empolgação inicial com o torneio diminuiu: pouco mais de 40 mil torcedores foram ao jogo inaugural. Em 2006, esse interesse caiu mais: pouco menos de 30 mil torcedores compareceram. E, até o final da tarde de ontem, haviam sido vendidos só 13.042 ingressos para o jogo de hoje.
O clima em São Paulo, com chuva, e a transmissão do jogo para a capital seriam ""desculpas" para a diminuição da febre são-paulina pela Libertadores justamente na edição em que outras torcidas, como as de Flamengo, Grêmio, Inter e Paraná, mostram grande motivação.
""Nas últimas 24 horas, vão comprar muitos ingressos. Espero 40 mil no Morumbi", disse o sempre otimista Souza.

TV - São Paulo x Alianza Lima
Sportv (para PR, RS e SC) e Globo, ao vivo, às 21h45



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