São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

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Estréia são-paulina chancela defeitos

Na Libertadores, time sai atrás em falha da zaga, empata com gol de Miranda e se contenta com um ponto na Colômbia

Nacional 1
São Paulo 1

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os ensaios não empolgavam, e a estréia na Libertadores não foi salva com improviso. A escalação do São Paulo contra o Nacional de Medellín teve o debutante Éder Luís com a camisa tricolor; no segundo tempo, Muricy Ramalho lançou outro jogador, o lateral-direito Éder, mas o time novamente deixou a desejar em campo.
Saiu da Colômbia com um empate mais difícil de ser comemorado, já que ele ainda exibe fragilidades de uma equipe que pretendia se considerar pronta para o jogo de ontem. Retorna hoje a São Paulo e volta à batalha do Paulista, em que se encontra fora da zona de classificação. No domingo, o time enfrenta o Mirassol.
A equipe voltou a mostrar dificuldades na troca de passes rumo ao gol adversário, dependendo da bola parada para levar algum risco ao gol de Ospina.
Ao mesmo tempo, a defesa falhou clamorosamente num de seus antigos pontos fortes, a bola aérea. Miranda e André Dias foram superados na cabeça, e a bola sobrou aos 9min para Córdoba abrir o placar no estádio Atanasio Girardot.
Foi numa bola parada que o São Paulo finalmente achou alívio. Jorge Wagner cruzou em falta da esquerda, e Miranda, no primeiro pau, cabeceou para o chão. Era o empate.
Muito bem-vindo, diga-se, num jogo em que Adriano tinha extrema dificuldade para tentar conclusões -era muitíssimo bem marcado por Moreno. Borges, por sua vez, mais solto, perdeu um gol na cara de Ospina ainda na primeira etapa.
No segundo tempo, o Nacional começou sem deixar o time de Muricy equilibrar o jogo. Criava perigo e imprensava o São Paulo em seu campo, através de muita velocidade e marcação avançada. Menos mal que o goleiro Rogério fazia uma boa partida, com duas belas defesas após o intervalo.
Foi só na metade do tempo que os tricolores conseguiram controlar o ímpeto ofensivo do time colombiano. Por controlar o ímpeto, entenda-se deixar a partida morosa, imprimir lentidão ao rival e abdicar bastante de iniciativas ofensivas.
Foi nesse período que Muricy pôs em campo o lateral Éder, no lugar do discreto Joílson. Conseguiu apenas mais discrição. Já o meia Éder Luís, contratado do Atlético-MG por empréstimo até o fim do ano, esteve um pouco melhor, mas Adriano e Borges continuavam melancolicamente sós.
Atacar, apenas em contragolpes e em último caso. Aos 30min do segundo tempo, era perceptível que o São Paulo estava contente com o empate em Medellín. Da arbitragem do peruano Victor Rivera, o time nada teve a reclamar.
No fim, Muricy ainda efetuou mais uma alteração, com Carlos Alberto no lugar de Borges, mais para gastar tempo do que para tentar uma ofensiva. Aí foi só esperar o tempo correr. O empate em Medellín estava consolidado. O entusiasmo do torcedor na Libertadores, no entanto, está longe disso.


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