São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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SANTOS

Adilson deixa Vila Belmiro após 11 jogos

Pressão sobre técnico era forte, diz presidente sobre demissão

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O técnico Adilson Batista foi demitido do Santos, ontem à tarde, após uma série de três jogos sem vitória.
O empate em 1 a 1 com o São Bernardo, um dos piores times do Paulista, foi o ponto final de sua passagem pelo clube. Sob seu comando, a equipe fez 11 jogos, com cinco vitórias e apenas uma derrota, o clássico com o Corinthians, há uma semana.
Os maus resultados no Estadual foram determinantes para sua queda, apesar de o técnico ter sido contratado para priorizar a disputa da Libertadores. No torneio, fez só um jogo, o empate sem gols com o Deportivo Táchira.
A demissão de Adilson Batista acontece a três dias do segundo jogo do Santos na competição -contra o Cerro Porteño, na Vila Belmiro.
É o segundo fracasso seguido de Adilson entre os grandes de São Paulo. No Brasileiro do ano passado, deixou o Corinthians após uma derrota no Pacaembu para o Atlético-GO.
Foi justamente após um revés ante o time de Parque São Jorge, no domingo passado, que Adilson começou a ter o trabalho questionado no Santos. Uma parte da torcida já o hostilizava.
Por isso, Adilson escalou, contra o São Bernardo, um time próximo àquele que lhe foi pedido, com Zé Love ao lado de Neymar. O técnico, porém, ignorou as manifestações à favor de Maikon Leite, que ficou no banco.
Mas o empate desestabilizou Adilson de vez. "A pressão que ele estava sofrendo era muito forte, de um jeito que não se pode fazer com um ser humano", afirmou o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
No final do jogo, anteontem, o técnico foi bastante hostilizado pela torcida.
"Poderia ser muito constrangedor mantê-lo para a partida de quarta-feira", completou o dirigente.
Além da pressão da torcida, outra motivação para a queda do treinador foi o fato de que, com ele, o time não repetiu as atuações que tornaram o Santos a sensação do ano passado, mesmo com o forte investimento que o clube fez nesta temporada.
Ao contrário do que a diretoria esperava, Adilson se mostrou muito conservador.
"O estilo de seus times são como o Santos. Jogam bonito, para a frente", elogiou Luis Alvaro na apresentação do técnico, em dezembro.
Não foi o que se viu em campo. Na Venezuela, quando iniciou a campanha na Libertadores, Adilson irritou ao manter a equipe com três volantes nos 90 minutos.


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