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Autógrafo vira troféu só para VIPs
DA ENVIADA A MELBOURNE
A primeira "sessão oficial
de autógrafos" da F-1 nem de
longe cumpriu o objetivo de
aproximar fãs e pilotos.
Os 45 minutos que a partir
deste ano passaram a ser
obrigatórios foram gastos na
maior parte em conversas
com engenheiros e encontros a portas fechadas nos
boxes, apesar da constante
fiscalização de uma assessora de imprensa da FIA.
Pior: como a sessão foi realizada no pit lane, somente
alguns poucos sortudos que
ganharam passes VIP ou que
se dispuseram a pagar os ingressos mais caros para o GP
tiveram a chance de tentar
conseguir uma recordação.
A inglesa Jocelyn Matthiews, 48, foi um deles. Ferrarista de coração apesar da
nacionalidade, acotovelava-
-se com algumas dezenas de
torcedores diante dos boxes
da McLaren assim que Lewis
Hamilton apareceu.
Empurra daqui, empurra
dali e finalmente ela se aproximou. Pediu um autógrafo
em sua credencial -que tinha ganhado-, tirou foto
com o campeão e lhe perguntou se ele se lembrava dela.
"É que eu tinha encontrado com ele em um evento na
Inglaterra há algumas semanas", explicou a consultora
empresarial. "Ele disse que
sim", festejou, antes de sair
exibir orgulhosa seu troféu
para outros VIPs e ver Hamilton sumir nos boxes de
sua equipe menos de dez minutos após chegar ao local.
No fim do pit lane, em
frente aos times menores, alguns poucos torcedores esperavam pelos pilotos quando os fiscais de pista começaram a "expulsá-los". Ainda
faltavam dez minutos para o
fim do tempo regulamentar
dos autógrafos, mas já era
hora de começar a esvaziar
os boxes para que o treino
pudesse começar.
Na frente dos boxes da
Ferrari, mulheres de salto alto e engravatados já tinham
desistido de esperar por Felipe Massa ou Kimi Raikkonen
e se entretinham tirando fotos com mecânicos quando
foram convidados a voltar
para seus camarotes.0
(TC)
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