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Palmeiras tenta trocar força por jeito
Time que teve 5 derrotas no Brasileiro desarma mais e acerta menos chutes do que quando engatou 7 triunfos seguidos
Equipe terá a volta do meia Juninho, destaque em 2005, mas que nesta temporada, lesionado, atuou em apenas 3 das 36 partidas do time
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os palmeirenses dariam tudo para que a volta de Juninho
hoje, contra o Grêmio, trouxesse de volta o futebol que o time
apresentava no fim da temporada passada e, sobretudo, no
início deste ano, quando emendou uma seqüência histórica de
sete triunfos seguidos.
Mas, para que isso comece a
acontecer a partir do confronto
no Parque Antarctica, pela oitava rodada do Brasileiro, o Palmeiras terá que trocar o seu
atual estilo "força" e voltar ao
perfil com mais "jeito" que tinha no início da temporada.
O time que abriu 2006 só
vencendo, lotando o Parque
Antarctica e empolgando a torcida era mais preciso e menos
"brigador" do que tem sido neste Nacional, em que ocupa a
mais do que incômoda penúltima posição na tabela.
Quando bateu Ituano, Marília, São Bento, o venezuelano
Deportivo Táchira (duas vezes), Portuguesa Santista e Mogi Mirim em seus sete primeiros jogos de 2006, o Palmeiras
primava pela boa pontaria de
seu ataque. A equipe tinha um
aproveitamento de 40,9% dos
arremates que tentava -em
três partidas, chegou até a superar a marca dos 50% de acerto nesse fundamento.
Outra virtude do time 100%
era a boa concentração. Os atletas perdiam, em média, 36 bolas por confronto.
Na atual fase os palmeirenses
mudaram, intencionalmente
ou não, de estratégia.
Aumentou o número de bolas perdidas (43,1) e caiu o de finalizações certas (301,%). Em
compensação, o time passou a
desarmar mais o rival (de 124,4
na "fase de ouro" para atuais
143,9) e a usar o chuveirinho
com mais freqüência do que
antes (de 26,6 para 36,6 bola erguidas na área rival).
A esperança de mais leveza e
menos força é justamente o reforço de hoje. Juninho fará a
função que, na avaliação do técnico Tite, é o que está faltando
ao Palmeiras para voltar a vencer -com sua experiência, dará
mais confiança ao time.
"Não sou o salvador da pátria.
Eu, no máximo, posso ajudar,
mas cada um tem que fazer o
seu papel", retruca, humilde, o
dono da camisa 10 alviverde.
Juninho atuará no lugar de
Paulo Baier, que pediu para não
ser escalado como meia e que
interessa ao Cruzeiro e ao
Goiás -caso fizesse seu sétimo
jogo no Brasileiro, ele não poderia atuar por outra equipe
nesta edição do Brasileiro.
No Grêmio, o meia Marcelo
Costa deve ser o desfalque. O
clube gaúcho, comandado por
Mano Menezes, tenta prorrogar o empréstimo do jogador
com o Nacional (Portugal), que
pede 600 mil. Tcheco deve ficar com a vaga no meio-campo.
Colaborou a Agência Folha
NA TV - Palmeiras x Grêmio
Sportv (para RJ e RS), ao vivo,
às 18h
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