São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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Palmeiras tenta trocar força por jeito

Time que teve 5 derrotas no Brasileiro desarma mais e acerta menos chutes do que quando engatou 7 triunfos seguidos

Equipe terá a volta do meia Juninho, destaque em 2005, mas que nesta temporada, lesionado, atuou em apenas 3 das 36 partidas do time

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os palmeirenses dariam tudo para que a volta de Juninho hoje, contra o Grêmio, trouxesse de volta o futebol que o time apresentava no fim da temporada passada e, sobretudo, no início deste ano, quando emendou uma seqüência histórica de sete triunfos seguidos.
Mas, para que isso comece a acontecer a partir do confronto no Parque Antarctica, pela oitava rodada do Brasileiro, o Palmeiras terá que trocar o seu atual estilo "força" e voltar ao perfil com mais "jeito" que tinha no início da temporada.
O time que abriu 2006 só vencendo, lotando o Parque Antarctica e empolgando a torcida era mais preciso e menos "brigador" do que tem sido neste Nacional, em que ocupa a mais do que incômoda penúltima posição na tabela.
Quando bateu Ituano, Marília, São Bento, o venezuelano Deportivo Táchira (duas vezes), Portuguesa Santista e Mogi Mirim em seus sete primeiros jogos de 2006, o Palmeiras primava pela boa pontaria de seu ataque. A equipe tinha um aproveitamento de 40,9% dos arremates que tentava -em três partidas, chegou até a superar a marca dos 50% de acerto nesse fundamento.
Outra virtude do time 100% era a boa concentração. Os atletas perdiam, em média, 36 bolas por confronto.
Na atual fase os palmeirenses mudaram, intencionalmente ou não, de estratégia.
Aumentou o número de bolas perdidas (43,1) e caiu o de finalizações certas (301,%). Em compensação, o time passou a desarmar mais o rival (de 124,4 na "fase de ouro" para atuais 143,9) e a usar o chuveirinho com mais freqüência do que antes (de 26,6 para 36,6 bola erguidas na área rival).
A esperança de mais leveza e menos força é justamente o reforço de hoje. Juninho fará a função que, na avaliação do técnico Tite, é o que está faltando ao Palmeiras para voltar a vencer -com sua experiência, dará mais confiança ao time.
"Não sou o salvador da pátria. Eu, no máximo, posso ajudar, mas cada um tem que fazer o seu papel", retruca, humilde, o dono da camisa 10 alviverde.
Juninho atuará no lugar de Paulo Baier, que pediu para não ser escalado como meia e que interessa ao Cruzeiro e ao Goiás -caso fizesse seu sétimo jogo no Brasileiro, ele não poderia atuar por outra equipe nesta edição do Brasileiro.
No Grêmio, o meia Marcelo Costa deve ser o desfalque. O clube gaúcho, comandado por Mano Menezes, tenta prorrogar o empréstimo do jogador com o Nacional (Portugal), que pede 600 mil. Tcheco deve ficar com a vaga no meio-campo.


Colaborou a Agência Folha

NA TV - Palmeiras x Grêmio Sportv (para RJ e RS), ao vivo, às 18h


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