São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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Ingressos apimentam rivalidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A disputa entre Corinthians e Botafogo, que hoje devem jogar num Morumbi lotado, começou na véspera, fora de campo.
Ricardo Rotemberg, diretor de futebol da equipe carioca, alegou que o Corinthians não atendeu ao pedido de ingressos feito pelo Botafogo.
Afirmou que foram oferecidas mil entradas e que os botafoguenses esperavam mais 600 ou 700 -exigindo que toda a torcida carioca ocupe o mesmo setor do Morumbi.
"Não queremos nada demais, cerca de 2.000 lugares não é nada num Morumbi com mais de 60 mil pessoas", declarou ele, invocando o Estatuto do Torcedor e ameaçando tomar medidas administrativas na CBF e inclusive jurídicas contra o clube do Parque São Jorge.
Em nota oficial no seu site, o Corinthians sustenta que sua decisão está amparada no Regulamento Geral de Competições da CBF, que determina ao time visitante solicitar a carga de até 10% dos ingressos por meio de ofício ao mandante em até três dias úteis antes da partida.
A regra determina também que cópias do documento com o pedido sejam mandadas para a federação do Estado onde acontece a partida e à CBF.
A federação paulista disse que não recebeu ofício do Botafogo. Já a CBF, procurada quatro vezes pela Folha desde o início da tarde de ontem, não respondeu até o fechamento desta edição se o vice-campeão do Rio mandou tal pedido a ela dentro do prazo ou não.
Reservadamente, um membro da diretoria corintiana afirmou que o clube não teme ações dos botafoguenses em razão dessa controvérsia.
Além de sustentar que o Corinthians está coberto pela regra da CBF, ele aponta que o Botafogo terá uma caravana de, no máximo, 20 ônibus (Rotemberg, pela manhã, falara em 16 ou 17). O dirigente calcula que cerca de 800 pessoas devam deixar o Rio para a partida desta noite e que elas caberão no setor destinado aos botafoguenses no Morumbi.
O Corinthians diz que o espaço destinado à torcida visitante (setor térreo amarelo) comporta 1.055 pessoas e que não há segurança para acomodar mais gente no local. (LF E PGA)


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