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Fifa acata altitude e leva Mundial ao Oriente Médio
Entidade admite jogos de suas competições em cidades que ficam acima de 2.500 m e tira disputa interclubes do Japão
Nos dois próximos anos, Emirados Árabes Unidos serão o palco da tradicional competição que define o clube campeão do mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê Executivo da Fifa,
em reunião na Austrália, decidiu aceitar partidas em elevadas altitudes, pelo menos provisoriamente, e tomou uma
medida que mexe no mapa do
futebol: levará o Mundial de
Clubes para o Oriente Médio.
Jogado anualmente no Japão
desde 1980, o Mundial para os
clubes (que teve uma edição no
Brasil em 2000 organizada pela
Fifa) terá agora duas edições,
em 2009 e 2010, nos Emirados
Árabes Unidos. Pelo divulgado
pela Fifa, em 2011 e 2012 o
Mundial vai voltar ao Japão.
Neste ano, mais uma vez a
disputa acontecerá em terras
japonesas. Além dos Emirados
Árabes, a Austrália cobiçava receber os duelos entre os campeões interclubes continentais.
""Queremos levar o Mundial
de Clubes a outros países. Fazer o torneio nos Emirados
Árabes será benéfico no que se
refere ao marketing", falou Joseph Blatter, presidente da Fifa, que colocou a Austrália como boa opção para a Copa.
""A Austrália apresentou uma
excepcional candidatura", elogiou Blatter, sem citar devidamente os aspectos econômicos
em jogo. O mundo esportivo
tem sido cada vez mais atraído
para o Oriente Médio, que conta com poderosos investidores.
Nos últimos anos, a Copa Dubai, um torneio amistoso, tem
ganhado força no calendário
internacional atraindo no começo do ano importantes clubes do futebol mundial. Algumas das empresas que mais
têm investido em clubes europeus são do Oriente Médio.
""Apesar de o futebol de clubes já estar bastante movimentado na Europa, eu não impediria o Mundial, no futuro, de
acontecer lá", falou Blatter.
Em outra decisão significativa da entidade máxima do futebol, foi abortado o veto a jogos
em cidades acima de 2.500 m
de altitude. A decisão, apesar de
provisória (esperam-se laudos
mais detalhados sobre danos à
saúde dos atletas nas mais diversas condições), deixou a
Conmebol bem satisfeita.
A entidade que rege o futebol
sul-americano vinha lutando
para derrubar os jogos na altitude. Apenas a CBF (Confederação Brasileira de Futebol)
não havia assinado documento
pedindo o fim do veto à Fifa.
""Blatter costurou com Julio
Grondona [presidente da federação argentina] para que isso
ficasse assim [o veto fosse derrubado] com o silêncio cúmplice de [Ricardo] Teixeira [presidente da CBF]", falou Mauricio
Méndez, vice da federação de
futebol da Bolívia, país que era
o que mais lutava contra o veto.
Segundo o dirigente boliviano, Teixeira é um ""homem inteligente" por não insistir no
veto à altitude. La Paz volta a
ter permissão da Fifa para receber jogos de eliminatórias da
Copa do Mundo, por exemplo.
A federação boliviana disse
que pretende jogar contra o
Brasil, pelas eliminatórias, em
outubro de 2009, em La Paz, a
cerca de 3.600 m de altura.
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, disse ter recebido
com ""enorme satisfação" a decisão. Ele comandou cruzada
contra o veto à altitude.
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