São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Centro-Oeste e Norte apelam para "jeitinho"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS, EM CUIABÁ E EM BELÉM

Para conseguir hospedar todos os torcedores que planejam assistir aos jogos da Copa de 2014, cidades do Norte e do Centro-Oeste do país devem adotar o "jeitinho brasileiro" e incluir acomodações em casas de família, hotéis no meio da selva e navios-cruzeiro na contabilidade de leitos disponíveis.
Até alteração na legislação de uso e ocupação do solo pode ser feita em Cuiabá para que seja permitida a construção de prédios residenciais ao lado do estádio Verdão.
Para se adequar ao Mundial, Manaus precisa, fora os já prontos e os em construção, de mais 3.500 leitos.
Para fechar a conta, segundo o secretário de Estado do Planejamento, Denis Minev, a organização do evento vai contar com os leitos dos hotéis que ficam na selva amazônica, nas proximidades de Manaus. Para chegar a eles é preciso recorrer a um traslado de barco pelo rio Negro.
A última alternativa para completar os leitos exigidos pela Fifa em Manaus será a contratação de navios-cruzeiro, afirma o secretário.
Em Cuiabá, a Secretaria de Turismo afirma dispor de 4.300 leitos. Investimentos anunciados por grandes cadeias de hotéis deverão elevar o número de vagas na cidade para 6.000 até 2014.
"É claro que, no caso de uma confirmação, o setor vai ser estimulado a investir ainda mais", diz o secretário de Turismo, Yuri Bastos Jorge.
Segundo ele, contudo, o setor hoteleiro não terá condições de ofertar todos os leitos necessários para o evento, pois não terá o retorno desejado após a Copa.
Uma alternativa, segundo o secretário, será o credenciamento de famílias interessadas em hospedar turistas em casa durante o evento.
Campo Grande e Belém dizem que darão conta. Em Belém, a candidatura afirma que não haverá problemas com hospedagem. Além dos atuais 8.360 leitos, serão criados mais. Em 2013, a expectativa é que sejam 12.300.
No início do ano, a cidade teve dificuldade para alojar os mais de 100 mil visitantes do Fórum Social Mundial. A saída: adotou um sistema de "hospedagem solidária", em que os moradores alugaram quartos ou camas.0 (KÁTIA BRASIL, RODRIGO VARGAS E JOÃO CARLOS MAGALHÃES)


Texto Anterior: Por Copa, hotéis recorrem ao governo
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.