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BASQUETE
Maior investidora da modalidade, universidade pretende disputar título brasileiro também entre as mulheres
"Dono" do Nacional masculino, Universo invade o feminino
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Patrocinador de cinco times no
Nacional masculino, o Grupo
Universo inicia a ampliação de
seus negócios também no feminino. A equipe da Universo/Juiz de
Fora (MG) deve ser a maior novidade do próximo Nacional, marcado para começar em setembro,
logo após os Jogos de Atenas.
"Nossa idéia é contar com um
time de ponta, com atletas de seleção. Queremos brigar pelo título",
declara o técnico Luiz Antonio
Ceia Bravo, que comanda a operação de montagem do elenco.
Segundo a Folha apurou, a empresa está próxima de acertar
com quatro jogadoras da seleção
adulta e duas da equipe sub-21,
que foi vice-campeã mundial no
ano passado, na Croácia.
Veteranas como a ala-armadora
Claudinha, 29, e a ala Adriana, 33,
que atuam na França, também já
foram contactadas. Outros possíveis nomes são a armadora Gattei
e as pivôs Kátia, Flávia e Eliane.
Cíntia Tuiú também teria sido
sondada, mas a pivô pode renovar com o Ourinhos, equipe que
defendeu nas finais do Paulista.
"Não podemos divulgar os nomes ainda porque algumas jogadoras estão com contratos em vigor. Mas estamos apalavrados
com várias", afirma Bravo.
Disputar o Paulista do ano que
vem está entre os planos da equipe. Como o Mineiro não apresenta maiores atrativos -há apenas
um outro time de ponta, o Uberaba-, o grupo migraria para
Osasco, que logo deve ganhar
uma unidade da Universo.
A cidade da Grande São Paulo
possui tradição no basquete.
Quando jogava o adulto sob o patrocínio do BCN, a equipe local foi
bicampeã paulista em 1997 e 1998.
"Já conversamos com a federação paulista e eles aprovaram a
idéia", afirma o treinador.
Toni Chakmati, presidente da
federação, concorda com a idéia.
"Quem sabe eles não fazem uma
parceria com o Bradesco e continuam na cidade?", questiona.
O valor do investimento da nova equipe é mantido sob sigilo. No
entanto é bem menor do que o
que é desembolsado no Uberlândia -cerca de R$ 120 mil mensais-, o time mais caro do grupo.
"O feminino brasileiro é um caso à parte. Temos poucos clubes,
mas nossa seleção é uma das melhores do mundo. É mais barato
[do que o masculino]", diz Bravo.
No Nacional masculino deste
ano, a Universo foi a patrocinadora de cinco clubes (31,3% dos participantes): Uberlândia, Minas,
Brasília, Ajax-GO e Campos.
Nunca uma empresa teve tal domínio de uma edição do torneio.
Desde 1998, quando o Uberlândia participou da disputa pela primeira vez, a companhia teve ao
menos um time no evento. Apesar disso, ainda não ganhou título.
"A equipe de Juiz de Fora segue
a mesma estratégia das outras da
Universo. Ou seja, quando o grupo inaugura uma unidade, procura ter sempre um time na cidade
para divulgar seu nome", explica
Bravo, que dirigiu o presidente do
grupo, Wellington Salgado de
Oliveira, no Botafogo nos anos 80.
A unidade da cidade mineira, de
fato, é recente. Em Juiz de Fora, o
grupo abriu cursos no segundo
semestre de 2003. Com um time
adulto, também pretende manter
um projeto social em parceria
com o Sesi da cidade. "Vamos fazer escolinha para meninos e meninas carentes", conta o técnico.
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