São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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BASQUETE

Maior investidora da modalidade, universidade pretende disputar título brasileiro também entre as mulheres

"Dono" do Nacional masculino, Universo invade o feminino

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Patrocinador de cinco times no Nacional masculino, o Grupo Universo inicia a ampliação de seus negócios também no feminino. A equipe da Universo/Juiz de Fora (MG) deve ser a maior novidade do próximo Nacional, marcado para começar em setembro, logo após os Jogos de Atenas.
"Nossa idéia é contar com um time de ponta, com atletas de seleção. Queremos brigar pelo título", declara o técnico Luiz Antonio Ceia Bravo, que comanda a operação de montagem do elenco.
Segundo a Folha apurou, a empresa está próxima de acertar com quatro jogadoras da seleção adulta e duas da equipe sub-21, que foi vice-campeã mundial no ano passado, na Croácia.
Veteranas como a ala-armadora Claudinha, 29, e a ala Adriana, 33, que atuam na França, também já foram contactadas. Outros possíveis nomes são a armadora Gattei e as pivôs Kátia, Flávia e Eliane.
Cíntia Tuiú também teria sido sondada, mas a pivô pode renovar com o Ourinhos, equipe que defendeu nas finais do Paulista.
"Não podemos divulgar os nomes ainda porque algumas jogadoras estão com contratos em vigor. Mas estamos apalavrados com várias", afirma Bravo.
Disputar o Paulista do ano que vem está entre os planos da equipe. Como o Mineiro não apresenta maiores atrativos -há apenas um outro time de ponta, o Uberaba-, o grupo migraria para Osasco, que logo deve ganhar uma unidade da Universo.
A cidade da Grande São Paulo possui tradição no basquete. Quando jogava o adulto sob o patrocínio do BCN, a equipe local foi bicampeã paulista em 1997 e 1998.
"Já conversamos com a federação paulista e eles aprovaram a idéia", afirma o treinador.
Toni Chakmati, presidente da federação, concorda com a idéia. "Quem sabe eles não fazem uma parceria com o Bradesco e continuam na cidade?", questiona.
O valor do investimento da nova equipe é mantido sob sigilo. No entanto é bem menor do que o que é desembolsado no Uberlândia -cerca de R$ 120 mil mensais-, o time mais caro do grupo.
"O feminino brasileiro é um caso à parte. Temos poucos clubes, mas nossa seleção é uma das melhores do mundo. É mais barato [do que o masculino]", diz Bravo.
No Nacional masculino deste ano, a Universo foi a patrocinadora de cinco clubes (31,3% dos participantes): Uberlândia, Minas, Brasília, Ajax-GO e Campos. Nunca uma empresa teve tal domínio de uma edição do torneio.
Desde 1998, quando o Uberlândia participou da disputa pela primeira vez, a companhia teve ao menos um time no evento. Apesar disso, ainda não ganhou título.
"A equipe de Juiz de Fora segue a mesma estratégia das outras da Universo. Ou seja, quando o grupo inaugura uma unidade, procura ter sempre um time na cidade para divulgar seu nome", explica Bravo, que dirigiu o presidente do grupo, Wellington Salgado de Oliveira, no Botafogo nos anos 80.
A unidade da cidade mineira, de fato, é recente. Em Juiz de Fora, o grupo abriu cursos no segundo semestre de 2003. Com um time adulto, também pretende manter um projeto social em parceria com o Sesi da cidade. "Vamos fazer escolinha para meninos e meninas carentes", conta o técnico.


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