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Copa vê maior de todos os mata-matas
Quartas-de-final reúnem seis campeões e sete dos oito melhores jogadores do mundo, números inéditos em 76 anos
Duelos entre as seleções
mais tradicionais coloca
Copa como candidata a
evento esportivo mais visto
na TV em todos os tempos
LUÍS FERRARI
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de 19 dias e 56 jogos, a
Copa parou. Mas, quando voltar, na sexta-feira, a competição viverá uma fase inédita em
seus 76 anos de história.
Nunca seis campeões -todos
os classificados para a Copa-
haviam chegado juntos às quartas-de-final. Com isso, os melhores jogadores do planeta
(sete dos oito primeiros da
mais recente eleição da Fifa)
seguem na disputa -presença
inédita desde que a entidade
criou o prêmio, em 1991.
O Mundial que contou com
tamanho número de craques
era o de 1994, com seis dos então oito melhores para a Fifa.
Outro sinal da importância e
do ineditismo das quartas-de-final da Copa da Alemanha: pela primeira vez, a fase terá exatamente um representante de
cada um dos oito grupos do
Mundial, algo que nunca ocorreu nas duas edições anteriores
com o atual formato.
Se forem consideradas as
participações dos cabeças-de-chave, a atual Copa se destaca
por emplacar seis deles nas oito
vagas das quartas-de-final.
Os únicos times vivos que
não tinham tal privilégio no início são Portugal, que é comandado por Luiz Felipe Scolari,
técnico que venceu a última
edição, e a Ucrânia, de Shevchenko, apontado como um
dos melhores atacantes do
mundo nos últimos anos.
Se a Copa vai bem em campo,
fora dele o êxito é parecido.
A atual edição do Mundial
tem tudo para quebrar também
marcas que indicam sucesso
inédito com o público. Além da
maior presença em estádios
desde 1994 -quando a Copa
aconteceu nos EUA, em palcos
com maior capacidade que os
alemães-, o Mundial de 2006
caminha com segurança a recordes de audiência na TV.
"Estimamos que a audiência
acumulada da Copa supere a
marca de 30 bilhões", disse ontem Dominik Schmid, presidente da empresa que negocia
os direitos de TV da competição em nome da Fifa.
O recorde de evento esportivo mais assistido na história é o
da Copa passada, na Ásia, com
audiência de 28,8 bilhões.
De acordo com o executivo,
um dos principais fatores do
crescimento neste ano é o interesse feminino. Comparando
com 2002, houve aumento de
40% da audiência de mulheres.
Anteontem, o site da Copa, o
www.worldcup.com, já superara seu recorde, com mais de
2,5 bilhões de visitas.
Para a seleção brasileira, o
sucesso da competição pode
significar um sinal de sorte. A
última Copa que teve tantos
campeões do mundo nas quartas-de-final foi a de 1970, no
México: cinco. Uruguai, o próprio Brasil, Alemanha, Itália e
Inglaterra brigaram pelo título.
Esse fato, entre outros motivos, é usado para apontar aquele torneio, que acabou com o
tricampeonato brasileiro -garantindo a posse definitiva da
taça Jules Rimet- como a melhor Copa de todos os tempos.
A participação brasileira nas
atuais quartas-de-final é significativa. Além de classificar a
seleção, o país tem representantes também na seleção portuguesa, com o técnico, Scolari,
e o meia Deco -que, suspenso
por ter sido expulso nas oitavas,
contra a Holanda, só poderá
voltar ao time caso Portugal supere a Inglaterra no sábado.
Até hoje, só duas Copas tiveram 100% de campeões em
suas semifinais. As de 1970
(Alemanha x Itália e Brasil x
Uruguai) e 1990 (Argentina x
Itália e Inglaterra x Alemanha).
Com agências internacionais
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