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"Parreira tem que se preocupar com o Brasil", diz Deco
Brasileiro que
defende Portugal
critica treinador
devido às
declarações que
ele deu depois da
"batalha" com a
Holanda
Técnico disse que a partida,
que valeu a suspensão do
meia e quebrou o recorde de
cartões em Mundiais, "não
pode servir de referência"
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Jogador que precisou sair de
seu país para ser selecionado
por outro, Deco não admitiu
quando o técnico da seleção
que o renegou criticou os métodos de seu Portugal adotivo.
"Parreira tem que se preocupar com o Brasil, e não com
Portugal", afirmou o meia naturalizado português, na entrevista no hotel de Marienfeld,
onde o time se concentra.
O jogador chamou de "infelizes" as declarações de Carlos
Alberto Parreira sobre Portugal 2 x 1 Holanda, recorde de
cartões num jogo de Copa -16
amarelos e quatro vermelhos.
Na ocasião, Parreira afirmou
que o jogo "não podia servir de
referência", pelo seu recorde
negativo e por supostamente
não ter tido mais de 30 minutos
de bola rolando.
A reação de Deco se justifica,
já que ele recebeu um vermelho
que foi confirmado ontem pela
Fifa, mesmo após protestos da
federação portuguesa. Perderá
a partida contra a Inglaterra.
"Fico triste. Queria jogar e
acredito que foi um cartão injusto. Mas a Fifa é soberana, é
ela que escolhe os árbitros, que
decide. Não há muito a fazer."
Curiosamente, não foi Parreira quem renegou Deco, e sim
seu atual técnico, Luiz Felipe
Scolari, que treinava o Brasil
quando o jogador começou seu
melhor momento no Porto. Ao
deixar a seleção após o penta e
assumir Portugal, Scolari não
teve dúvidas; mesmo sob críticas, convocou Deco, que teve
passagem pelo Corinthians.
A rispidez do meia pode acirrar uma possível semifinal. Se
derrotarem neste sábado Inglaterra e França, respectivamente, Portugal e Brasil se enfrentarão em Munique, no dia 5.
O único jogo entre as seleções com Parreira e Scolari no
banco e Deco como titular favoreceu o lado lusitano.
No Porto, Portugal venceu o
amistoso por 2 a 1, e Deco fez
um gol de falta, em 2003. No total, são 11 vitórias do Brasil, três
de Portugal e dois empates.
Colaborou CLÓVIS ROSSI, enviado especial
a Marienfeld
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