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pé esquerdo
Dunga fracassa no 1º jogo para valer
Na estréia do treinador em competição oficial, seleção perde na Copa América ao som da trilha do humorístico Chaves
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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O atacante Robinho, que teve boa atuação na derrota para o México, deixa o gramado cabisbaixo |
Brasil 0
México 2
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO ORDAZ
A estréia do técnico Dunga
como técnico de futebol em
uma competição foi triste, mas
teve um tom de comédia para
os adversários. Após os gols do
2 a 0 do México sobre o Brasil
ontem, em Puerto Ordaz, o sistema de som do estádio tocava
música tema do ""Chaves", folclórico personagem humorístico da TV mexicana.
Essa foi a trilha inicial da seleção brasileira na Copa América da Venezuela. Dunga acumula agora duas vitórias, dois
empates e duas derrotas em
2007, mas só ontem a partida
valia três pontos -a equipe é
lanterna do Grupo B hoje.
"Jogamos mal o primeiro
tempo e, merecidamente, levamos dois gols", diagnosticou o
zagueiro Juan ao final do duelo.
O México, que chegou cansado (foi vice da Copa Ouro nos
EUA no domingo) e desfalcado
(três titulares pediram descanso e outros não começaram o
jogo de ontem) para o jogo contra o Brasil, suportou os primeiros minutos bons do rival.
E contou com a ajuda da arbitragem, que anulou incorretamente gol legal do meia Diego
por impedimento. Depois, em
seis minutos, fez dois gols.
Aos 23min, Castillo recebeu
na área, deu um chapéu em
Maicon e encobriu Doni para
fazer um golaço. Dois minutos
antes, Robinho quase marcara
em uma bela bicicleta.
Aos 29min, Diego perdeu a
bola e cometeu falta perto da
área. Morales jogou a bola no
canto esquerdo de Doni, que ficou só observando.
Ainda no primeiro tempo, a
torcida brasileira, maioria no
estádio, ensaiou vaias para a
equipe de Dunga. Os mexicanos, por sua vez, gritavam "olé"
a cada passe de sua seleção.
Quando o técnico mexicano,
o ex-craque Hugo Sánchez, dominou com estilo uma bola no
peito, os algozes recentes do
Brasil foram ao delírio -nos últimos sete duelos entre os dois
países, foram quatro vitórias
mexicanas e só uma brasileira.
Dunga, com roupa social, só
saiu do banco para dar orientações ao seu time nos segundos
finais da etapa inicial. Iria fazer
duas mexidas no intervalo.
""Precisamos nos aproximar
mais uns dos outros", declarou
Robinho no intervalo.
O atacante Afonso entrou no
lugar de Diego, que esteve pouco inspirado em campo, diferentemente do parceiro Robinho, um show à parte. Já Anderson ocupou a vaga de Elano,
outro que esteve apagado.
""Vamos entrar para dar mais
velocidade no jogo e virar isso
aí", falou Afonso, um dos nomes que ascenderam com Dunga na seleção (atua no fraco
Heerenveen, da Holanda).
O Brasil melhorou bem na
segunda etapa e criou seguidas
chances. Ochoa, goleiro mexicano que ocupou a vaga de Sánchez ontem, destacou-se em
pelo menos dois lances. Robinho quase marcou dois gols.
Afonso, em chute de primeira, e Anderson, em dois chutes
de média distância, também tiveram chance de ao menos descontar o marcador.
Sem pressa, o México gastou
o tempo, sem arriscar muito na
frente. Com um pouco mais de
capricho, o time teria ampliado
o placar em contra-ataques
-Castillo, nos acréscimos, saiu
do próprio campo, driblou Doni e, de forma incrível, chutou
para fora com o gol vazio.
Essa foi a primeira partida de
Dunga na América do Sul. O time volta a atuar pela competição continental no domingo,
em Maturín, contra o Chile.
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