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Argentina vive tensão, mas avança
Brigas, gol irregular e chiadeira de atletas marcam duelo no Soccer City
Argentina 3
Tevez, aos 26min do 1º tempo e aos
7min do 2º tempo; Higuaín, aos
33min do 1º tempo
México 1
Hernández, aos 26min do 2º tempo
FABIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Erro de arbitragem, briga
em campo, reclamações de
ambos os lados, desconforto
entre o técnico e jogador.
A Argentina viveu momentos de tensão para bater
o México (3 a 1) e avançar às
quartas de final da Copa.
O placar final da partida de
ontem poderia indicar que os
argentinos tiveram uma tarefa fácil. O início do confronto,
entretanto, mostrou um México superior ao adversário.
Até que o assistente italiano Stefano Ayroldi não viu
impedimento claro de Tevez,
que abriu o placar em condição irregular, aos 26min.
O que se seguiu foi uma
discussão entre atletas dos
dois times, o auxiliar e o juiz
Roberto Rosseti, que se decidiu por validar o gol.
O tento desestabilizou os
mexicanos. "Depois do gol,
estávamos nos compondo
quando tomamos outro. Dois
erros que mudaram o curso
da partida. Não nos organizamos", analisou o técnico mexicano Javier Aguirre.
De fato, aos 33min, o zagueiro Osorio não conseguiu
dominar bola fácil, soltando-
-a nos pés de Higuaín, que
driblou o goleiro Pérez e fez 2
a 0. Foi o quarto gol dele, que
se isolou na artilharia.
O intervalo, de novo, viu
momentos de tensão. Os reservas argentinos se desentenderam com os mexicanos,
desencadeando uma briga.
"Puxaram o cabelo de Bolatti, e os mexicanos estavam
nos insultando de seu banco.
Fui lá para separá-los", contou Maradona, que, de terno,
meteu-se no meio de seus jogadores para apartar.
O clima pesado virou euforia argentina no início do segundo tempo, com o terceiro
gol. Após lutar pela bola na
entrada da área, aos 7min,
Tevez acertou chute no ângulo, sem chance de defesa.
Foi comemorar com apertado abraço de 20 segundos
em Maradona no banco.
Mas até os protagonistas
desse momento de alegria se
contaminaram, depois, da
tensão no Soccer City.
Maradona não gostou de o
time perder posse de bola a
partir do terceiro gol. E tirou
Tevez, mantendo Messi, que
tinha atuação só razoável. O
ex-corintiano não gostou.
"Estava pegando na bola o
tempo inteiro, me sentia
bem. Não entendi a substituição. Não sou o único culpado
quando a seleção não tem a
bola. Não gostei, mas é normal", disse ele, escolhido o
melhor do jogo pela Fifa.
Logo após a saída de Tevez, Hernández marcou o gol
mexicano, aos 26min. Mas
era tarde para uma reação.
Ao final do jogo, o assistente Ayroldi teve que empurrar dois atletas mexicanos que reclamavam pelo erro no primeiro gol. Fim tenso.
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