São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Argentina vive tensão, mas avança

Brigas, gol irregular e chiadeira de atletas marcam duelo no Soccer City

Argentina 3
Tevez, aos 26min do 1º tempo e aos 7min do 2º tempo; Higuaín, aos 33min do 1º tempo
México 1
Hernández, aos 26min do 2º tempo

FABIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO

Erro de arbitragem, briga em campo, reclamações de ambos os lados, desconforto entre o técnico e jogador.
A Argentina viveu momentos de tensão para bater o México (3 a 1) e avançar às quartas de final da Copa.
O placar final da partida de ontem poderia indicar que os argentinos tiveram uma tarefa fácil. O início do confronto, entretanto, mostrou um México superior ao adversário.
Até que o assistente italiano Stefano Ayroldi não viu impedimento claro de Tevez, que abriu o placar em condição irregular, aos 26min.
O que se seguiu foi uma discussão entre atletas dos dois times, o auxiliar e o juiz Roberto Rosseti, que se decidiu por validar o gol.
O tento desestabilizou os mexicanos. "Depois do gol, estávamos nos compondo quando tomamos outro. Dois erros que mudaram o curso da partida. Não nos organizamos", analisou o técnico mexicano Javier Aguirre.
De fato, aos 33min, o zagueiro Osorio não conseguiu dominar bola fácil, soltando- -a nos pés de Higuaín, que driblou o goleiro Pérez e fez 2 a 0. Foi o quarto gol dele, que se isolou na artilharia.
O intervalo, de novo, viu momentos de tensão. Os reservas argentinos se desentenderam com os mexicanos, desencadeando uma briga.
"Puxaram o cabelo de Bolatti, e os mexicanos estavam nos insultando de seu banco. Fui lá para separá-los", contou Maradona, que, de terno, meteu-se no meio de seus jogadores para apartar.
O clima pesado virou euforia argentina no início do segundo tempo, com o terceiro gol. Após lutar pela bola na entrada da área, aos 7min, Tevez acertou chute no ângulo, sem chance de defesa.
Foi comemorar com apertado abraço de 20 segundos em Maradona no banco.
Mas até os protagonistas desse momento de alegria se contaminaram, depois, da tensão no Soccer City.
Maradona não gostou de o time perder posse de bola a partir do terceiro gol. E tirou Tevez, mantendo Messi, que tinha atuação só razoável. O ex-corintiano não gostou.
"Estava pegando na bola o tempo inteiro, me sentia bem. Não entendi a substituição. Não sou o único culpado quando a seleção não tem a bola. Não gostei, mas é normal", disse ele, escolhido o melhor do jogo pela Fifa.
Logo após a saída de Tevez, Hernández marcou o gol mexicano, aos 26min. Mas era tarde para uma reação.
Ao final do jogo, o assistente Ayroldi teve que empurrar dois atletas mexicanos que reclamavam pelo erro no primeiro gol. Fim tenso.


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