São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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VÔLEI

Mesmo com derrota para a Alemanha, ontem, Brasil avança às finais e faz campanha melhor que a do ano passado

Seleção supera "titulares" no Grand Prix

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina se classificou ontem para a fase final do Grand Prix e superou a campanha brasileira de 2001, quando ainda contava com as quatro jogadoras consideradas titulares que pediram dispensa às vésperas do torneio deste ano por causa de problemas de relacionamento com o técnico Marco Aurélio Motta.
No ano passado, o time nacional ficou na quinta colocação, seu pior desempenho na história.
Para chegar entre os quatro melhores da terceira competição mais importante do vôlei mundial -atrás apenas do Mundial e das Olimpíadas-, o Brasil se beneficiou da vitória japonesa sobre os EUA, ontem, por 3 sets a 1.
Antes do final deste jogo, a equipe ainda precisava vencer a China na madrugada de hoje para depender apenas de seus resultados. A equipe havia sido derrotada pela Alemanha, ontem, por 3 sets a 2 (23/ 25, 25/23, 25/20, 12/25 e 15/ 13), em Macau (CHN).
Com a vitória japonesa, o time de Motta poderia até perder por 3 a 0 para as chinesas na madrugada de hoje que teria vantagem no set average. Se vencer, pode ficar em terceiro na classificação geral. China e Rússia já estão nas finais, que começam na quinta-feira.
"Chegamos desacreditadas. A cada partida, com vitória ou derrota, nos superamos. Todo nosso trabalho está sendo baseado na superação. E estamos, aos poucos, mostrando nosso valor", disse a oposto Luciana.
A classificação brasileira para as finais do Grand Prix pode ser considerada o feito mais importante da equipe desde que Motta tornou-se o técnico, no fim de 2000.
Com a campanha do ano passado, que pela primeira vez tirou o Brasil do grupo dos quatro melhores da competição, o treinador passou a sofrer ainda mais críticas de algumas das principais jogadoras do time, que antes já reclamavam de seus métodos de trabalho.
A crise na seleção atingiu o ápice em junho. Antes da Volley Masters, Motta cortou a atacante Elisângela, uma das mais experientes do grupo, por indisciplina. Foi a gota d'água na já abalada relação com as atletas. Ainda na Suíça, Érika, Raquel, Walewska e a levantadora Fofão -quase todo o time titular- pediram dispensa.
Em seguida, a principal atacante do país, Virna, também deixou a equipe por problemas pessoais.
Com respaldo da CBV, o treinador optou por uma renovação forçada na seleção e foi para o Grand Prix com uma base juvenil. Motta ainda perdeu a meio Kátia e a ponta Jaqueline, sua principal atacante, lesionadas.



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