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TÊNIS
Saretta se inspira em rival para ir à decisão
Brasileiro "renasce das cinzas" e vira jogo após salvar dois match points
O tenista, 138º no ranking mundial, afirma que se via já na luta pelo bronze e que fãs o fizeram levantar a cabeça para chegar à final de hoje
DO ENVIADO AO RIO
Flávio Saretta faz hoje a final
de simples contra o chileno
Adrian Garcia. Porém, em meio
à semifinal, ontem, com o argentino Eduardo Schwank, a
quem bateu por 2 sets a 1, o tenista já se imaginava jogando
pela medalha de bronze.
""Achei que tinha acabado. Já
havia colocado a viola no saco e
[mentalmente] estava indo para o chuveiro", conta, sobre o
momento em que perdia o segundo set por 3/5 e lutava para
salvar o nono game (15/40).
""Eu me inspirei no próprio
Schwank, que ontem [anteontem] passou por dificuldades
contra o Marcos Daniel, mas
acabou vencendo. Assisti àquela partida, vi ele voltar, e percebi que, enquanto o jogo não terminar, está valendo", prosseguiu Saretta, que sofreu dois
match points.
""Voltei das cinzas", comentou, sobre sua reação no jogo
que teve duração de 2h08min.
A torcida presente ontem no
Clube Marapendi se manifestava efusivamente a cada ponto
de Saretta. ""Já estava de cabeça
baixa, aí ouvia eles [os torcedores] gritando, "levanta a cabeça".
Isso também foi importante",
afirmou o atleta.
O brasileiro reconhece que
voltou a acreditar na vitória somente quando conseguiu empatar o segundo set em 5/5.
Já o argentino, abatido após a
partida, lamentou a chance
perdida. ""Quando tive a oportunidade de fechar a partida
[no segundo set], não consegui.
O Saretta jogou melhor, e eu
cometi erros. Eu me perdi
mentalmente", disse Schwank,
240º colocado do ranking.
Para chegar à semifinal, Saretta havia derrotado Sebastien
Vidal (Guatemala), por duplo
6/1, Marcelo Arevalo (El Salvador), por 6/2 e 6/3, e Juan Martin Aranguren, com um duplo
6/2. Desses três, apenas o argentino aparecia no ranking de
entradas da ATP (369º).
Saretta é o 138º da listagem.
""Essa história de ranking não
diz muito. Isso ficou provado
hoje [ontem]. Todos jogam
bem", argumentou Saretta.
Segundo ele, o rival de hoje,
às 11h, o chileno Adrian Garcia,
139º do ranking, é um velho conhecido. Os dois já se enfrentaram, sempre com vitória do
brasileiro. ""Porém foram partidas disputadas, sempre decididas nos detalhes", apontou ele,
referindo-se aos challengers de
Lugano e Guayaquil, em 2005,
e Bogotá, em 2007.
Ao ser questionado se há
pressão adicional por conta da
disputa entre Brasil e Cuba pelo segundo lugar no Pan-Americano, Saretta respondeu:
"Não. A pressão teve início
quando começou o torneio".0
(EDUARDO OHATA)
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