São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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democrático

Últimos se aproximam dos primeiros

Diferença de pontos entre líder e lanterna do Campeonato Brasileiro é a menor já registrada na era dos pontos corridos

São Paulo, que derrotou a Portuguesa, é beneficiado pelos outros resultados e "bate na trave" pelo ingresso no sonhado G4 da tabela

Marcelo Justo/Folha Imagem
Kléber Pereira festeja após marcar o primeiro de seus três gols na vitória sobre o Vasco, que tirou o Santos da lanterna e deixou o atacante na ponta da artilharia

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Passadas 15 rodadas, o Campeonato Brasileiro vê uma proximidade recorde, na era dos pontos corridos, entre o primeiro colocado e o último. O Grêmio está ""só" 16 pontos na frente do lanterninha Ipatinga.
Na rodada deste fim de semana, os últimos ""encostaram" nos primeiros. Se o líder Grêmio parou no Palmeiras em casa (1 a 1), o Ipatinga fez 1 a 0 no Inter. Se o Flamengo não dobrou o Botafogo (0 a 0), o Santos goleou o Vasco (5 a 2). Dos times que estavam na zona do descenso até a 15ª rodada, apenas o Fluminense não venceu.
O abismo atual entre o líder e o último nos pontos corridos só teve paralelo em 2004, quando o Santos de Robinho estava 16 pontos à frente do então lanterna Flamengo. Porém, naquele ano, o Brasileiro teve mais participantes -eram 24, quatro clubes a mais do que agora.
No ano passado, essa diferença era de 18 pontos. Em 2003, ano que teve início o sistema de pontos corridos no país, o abismo entre líder e lanterna após 15 rodadas era de 22 pontos.
A Portuguesa perdeu ontem do São Paulo de virada no Morumbi por 3 a 1 e revê assim a área do rebaixamento. O time do Canindé tem os mesmos 16 pontos do Vasco, ficando na zona da degola pelo saldo de gols.
A equipe de Muricy Ramalho segue fora do G4, mas tem os mesmos 26 pontos do Vitória, o quarto que hoje estaria classificado para a Libertadores. Há uma ""escadinha" de times entre 29 e 25 pontos, o que aumenta a indefinição sobre quem será o ""campeão do primeiro turno" -faltam quatro rodadas para o turno acabar.
Um dos motivos para esse equilíbrio da disputa, segundo o Datafolha, é o alto número de empates. Desde que o Brasileiro ficou com 20 times nos pontos corridos, nunca houve tantos empates, proporcionalmente, como agora. Em 28% dos jogos, deu igualdade -em 2006, o número foi de 26%, e, em 2007, caiu para 24,7%.
Ontem, aconteceram três empates. Além do 1 a 1 no Olímpico e do 0 a 0 no Rio, Atlético-PR e Figueirense amargaram uma igualdade sem tentos.
O Vitória foi o time que conseguiu a maior seqüência de triunfos até agora no campeonato: quatro. A maior sensação da disputa voltou a perder ontem, no entanto -caiu diante de um ameaçado Atlético-MG por 2 a 1, em Belo Horizonte.
Mas quem se deu bem mesmo na rodada foi Kléber Pereira, que alcançou o topo da artilharia. O atacante santista chegou a dez gols e está empatado com o velho amigo Alex Mineiro -ambos aproveitaram pênaltis neste fim de semana.
Na próxima rodada, líder e vice-líder jogam fora. Mais uma boa chance para os últimos.


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