São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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São Paulo acorda no 2º tempo, vira e segue caça ao G4

Time de Muricy Ramalho bate a Portuguesa no Morumbi, sobe para o quinto lugar e encosta nos líderes do Brasileiro

São Paulo 3
Portuguesa 1


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo voltou a vencer no Brasileiro, mas segue fora da zona de classificação à Libertadores. De virada, o time do Morumbi fez 3 a 1 na Portuguesa, subiu para a quinta posição no Brasileiro, agora com 26 pontos, assim como o Vitória, o quarto, porém tem uma vitória a menos do que os baianos.
Depois de levar um susto da Lusa, a equipe tricolor, liderada pelo meia Hugo e pelo atacante Dagoberto, manteve-se na perseguição ao seleto G4. Na quarta-feira, visita o Figueirense.
Nesta edição do Nacional, os são-paulinos ainda não figuraram entre os quatro melhores, o pior desempenho desde 2005, quando o clube deixou o torneio de lado para se preparar para o Mundial de Clubes.
"Acho que o campeonato está mais difícil em relação aos anos anteriores porque as equipes estão aprendendo a disputar pontos corridos. O Cruzeiro, quando ganhou, ganhou fácil. O Santos ganhou fácil, nós também. Agora é diferente", falou o técnico Muricy Ramalho.
A Portuguesa, que recebe o Fluminense na quarta, entrou na zona de rebaixamento. É a 17ª colocada, com 16 pontos.
Após as falhas do sistema defensivo no revés diante do Internacional, o técnico Muricy Ramalho reforçou o setor. Escalou três zagueiros, com o novato Aislan formando o trio com André Dias e Zé Luis. Dessa forma, sacou Juninho, que foi bastante criticado na derrota por 2 a 0 para os gaúchos na última quarta-feira.
O treinador ainda experimentou no meio-campo outro prata da casa, o volante Jean. Foi ele o responsável pela cobertura de Zé Luis quando este avançava ao ataque, que teve a dupla Aloísio e Dagoberto.
A preocupação com a zaga surtiu efeito. O time praticamente não foi ameaçado pela Portuguesa, que atuou sem os dois atacantes titulares, Diogo e Washington, suspensos.
Bem protegido, o time se lançou à frente. Apesar de ter dois armadores canhotos, Hugo e Jorge Wagner, o lado direito, com Zé Luis e Joilson, era o caminho preferido para avançar.
Embora superior, o São Paulo carece de um homem de criação eficiente. Os raros lances de perigo surgiram em jogadas pela lateral ou em chutes de longa distância. "Eles estão fechadinhos e tentando aproveitar o que têm de melhor, que é o contra-ataque", diagnosticou Richarlyson no intervalo.
Foi justamente o volante são-paulino que ajudou o time adversário a aproveitar um contragolpe no início da segunda etapa. Ele levou um drible desconcertante do atacante Jonas, que cruzou para a área. A bola passou por toda a defesa tricolor e sobrou para Edno, que, de cabeça, abriu o placar no Morumbi, aos 3min.
Como Muricy temia, a defesa fraquejou. Para piorar, seus comandados não conseguiam fugir da forte marcação da Portuguesa, que, diferentemente da etapa inicial, passou a levar perigo nos contra-ataques.
O técnico, então, mudou o time. Colocou o atacante Éder Luis e tirou Jean. A pressão aumentou. A Portuguesa resistiu só até os 16min, quando Hugo, de cabeça, empatou a partida após boa jogada de Dagoberto.
Quem esperava o São Paulo pressionando depois do gol se enganou. Foi a equipe do Canindé que partiu para cima. Rogério salvou o time duas vezes.
O time do Morumbi se aproveitou da ousadia rival. Num contragolpe rápido, fez o adversário provar de seu próprio veneno. Na área, Hugo foi travado pela zaga, e a bola sobrou para Dagoberto, que fez 2 a 1 com o gol aberto, aos 25min.
Com a vantagem, Muricy votou a adotar a cautela. Sacou Aloísio para a entrada de Éder. Mas ainda conseguiu ampliar o placar em chute de fora da área de Éder Luis, aos 39min.


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