São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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Ginastas ganham pito de dirigente

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO

No ensaio geral visando à Olimpíada, a seleção feminina de ginástica artística não passou no teste. Pelo menos para a supervisora da Confederação Brasileira de Ginástica, Eliane Martins.
Após 3h30min de treino, em que o técnico Oleg Ostapenko praticamente confirmou Ethiene Franco na equipe olímpica, Eliane reuniu as meninas no tablado de solo e não economizou broncas, audíveis a cerca de 20 m de distância, da tribuna do Tsukahara Center, onde estava a reportagem da Folha.
"Vocês têm que entender que vão para Olimpíada, e não para os Jogos Abertos do Interior de São Paulo", disse.
"Vocês estão confortáveis, certas de que estarão nos Jogos", disse ela, apontando para as prováveis titulares: Daiane dos Santos, Laís Souza, Jade Barbosa, Daniele Hypólito, Ana Cláudia Silva e Ethiene. Depois, particularizou o pito. "A Laís acha que é a queridinha do Oleg. Você precisa definir se tem condição ou não de fazer [um movimento cujo nome não foi identificado à distância]. Um dia diz que consegue, no outro que não. Assim não tem como confiar. É Olimpíada."
Sobrou até para Jade Barbosa, que saiu segurando o choro. Daniele ainda tentou argumentar, mas foi cortada.
A tensão só acabou no hotel, 20 minutos depois do treino, quando as atletas puderam dar entrevistas.


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