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BASQUETE
Média de idade de seleção não é muito inferior à do time de 1994, que fez a pior campanha do país em Mundiais
Brasil aposta em geração "intermediária"
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de pregar a renovação, a
seleção brasileira masculina que
irá disputar o Mundial de Indianápolis a partir de amanhã não é
tão jovem assim. O time conta
com média de idade de 24,4 anos.
Essa média subiu um pouco
com o corte do ala-pivô Nenê, 19,
que não disputará o Mundial devido a uma distensão na virilha. O
jogador do Denver Nuggets, único brasileiro na NBA, seria uma
das peças-chave da equipe.
Seleções emergentes como Espanha (Pau Gasol, 22), Argentina
(Ginóbili, 25), Alemanha (Dirk
Nowitzki, 24), China (Yao Ming,
22) e Rússia (Andrei Kirilenko,
21) contam com estrelas jovens
ancorando seu jogo. O Brasil poderia ter essa peça em Nenê, que
não irá jogar a competição.
Apesar disso, a seleção de 2002 é
bem mais jovem que o grupo que
ficou em décimo lugar na última
edição do torneio. Na Grécia, há
quatro anos, a seleção brasileira
teve média de idade de 27,2 anos.
Porém, o elenco atual não fica
muito abaixo da equipe que fez a
pior participação brasileira em
Mundiais. O elenco que ficou com
a 11ª colocação no Canadá, em
1994, tinha média de 25,5 anos.
Mesmo não tendo um time tão
renovado, a preocupação do técnico Hélio Rubens é com a pouca
experiência do elenco.
Dos 13 atletas do grupo -o último corte será definido hoje, na
véspera da estréia- , apenas cinco já atuaram em Mundiais: Helinho, Demétrius, Marcelinho, Rogério e Sandro. Desses, só Rogério, 31, jogou em duas edições.
O maior problema do time está
na disputa pelos rebotes. Após o
corte de Nenê, Hélio Rubens chamou, às pressas, os pivôs Luís Fernando, 24, e Baby, 22. O primeiro
abriu mão da convocação para jogar na China -caso se machucasse durante o Mundial, perderia
um contrato vantajoso.
Baby se apresentou à equipe anteontem. O pivô, que assumirá
uma função importante no time,
nunca havia jogado pela seleção
antes -disputaria um amistoso
ontem, contra a Nova Zelândia.
Outra aposta do setor é Tiago
Splitter, 17. Ele é o segundo brasileiro mais jovem a jogar um Mundial. Marcel foi o atleta mais novato do país no torneio. Em Porto
Rico-1974, tinha 17 anos, mas era
um mês mais novo que Splitter.
"A inexperiência do Brasil é
uma desvantagem em relação às
outras seleções. Nossa renovação
ainda está acontecendo. Mas vamos superar o problema. O time
está em um crescimento constante desde 1999", disse o treinador.
Essa preocupação com a pouca
experiência internacional da
maioria dos atletas deve fazer Hélio Rubens escalar um time mais
velho e experiente na estréia.
Embora tenha feito muito revezamento em quadra nos amistosos preparatórios, disputados na
Turquia e na Argentina, o técnico
já sinalizou que deve começar a
partida contra o Líbano, amanhã,
com Helinho, Marcelinho, Rogério, Anderson e Sandro Varejão.
Com essa equipe, a idade média
sobe para 26,8 anos e fica próxima
às dos favoritos do Mundial. Os
EUA contam com um time com
média de 26,6 anos. Atual campeã, a Iugoslávia -que também
definirá seu último corte hoje-
possui média de 26,1 anos.
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