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sob suspeita
Clássico de risco terá teste na segurança
Policiais usarão palmtops para vigiar torcida durante São Paulo x Palmeiras
"Espero que o Ministério Público preste contas à sociedade caso aconteça algum problema", afirma
o são-paulino Rogério
EDUARDO OHATA
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O goleiro Rogério, do São
Paulo, reclamou. Os palmeirenses deram de ombros. Palco
do duelo de amanhã, o Parque
Antarctica virou o centro das
atenções. E com estrutura inédita de segurança -tão inédita
que será o primeiro teste.
O clássico aguardado com requintes de final regional no
meio do Brasileiro verá a estréia do uso de palmtops por
policiais nos estádios. Terão a
opção de receber imagens em
tempo real de quem causar arruaça no meio das torcidas.
Até então, o processo entre a
identificação de um suspeito
pelas câmeras e a ação efetiva
dos policiais consumia, em média, entre 20 e 25 minutos, o
que já permitiu o seu sumiço.
Era ""jogo de quente ou frio",
como classificou André Augusto, diretor da empresa de monitoramento Kallimage, que
presta serviço ao Palmeiras.
""Se na prática, no dia do jogo,
tudo der certo, isso só vai ajudar", afirmou, um pouco cético,
Valdinei Arcanjo da Silva, do
Batalhão de Choque da PM.
Ainda assim, a alteração do
local do jogo, inicialmente marcado para o Pacaembu, gera
desconfiança. O goleiro são-paulino Rogério colocou em xeque o palco do confronto.
"Espero que o Ministério Público preste contas à sociedade
caso aconteça algum problema.
Aqui [no Morumbi], esse jogo
daria 50 mil pessoas. Lá terão
20 mil. Mas não pensam no espetáculo", afirmou o arqueiro.
O Palmeiras conversou com
o promotor de Justiça Paulo de
Castilho e representantes do
batalhão de choque em reunião
no último dia 16 para fazer valer seu desejo de atuar em casa.
Algumas medidas foram tomadas, como alteração no horário -das 20h30 para as
21h30- e o volume de ingressos. Dos 20 mil postos à venda,
2.000 são dos são-paulinos.
Um argumento palmeirense
foi o de que na partida contra o
Santos, no dia 19 de julho, não
houve problemas de segurança.
"O Palestra é a nossa casa. A
gente tem de jogar lá, assim como eles jogam no Morumbi",
afirmou o volante Makelele.
Para o jogo, o número de policiais será de 180 a 200. Jogos
""normais" requerem menos da
metade. ""Dentro o número está
bom. Mas o efetivo também será reforçado na parte externa,
pois há muito a ser feito, como a
escolta das organizadas, o monitoramento de pontos críticos
como o metrô etc", disse Silva.
Procurado pela reportagem,
o representante do Comando
de Policiamento da capital não
pôde se pronunciar ontem.
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