São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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Após 1 mês em Londres, Dualib não define volta

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Alberto Dualib completa hoje um mês em Londres. E não tem data para regressar ao Brasil. Na verdade, não pode voltar enquanto não cumprir promessas feitas a seus aliados: a saída de Kia Joorabchian da presidência da MSI e a contratação do atacante Nilmar.
Nesses 30 dias, já foram gastos mais de R$ 100 mil com despesas de hotel, jantares e passeios em Londres.
As diárias do cinco estrelas em que estão o presidente corintiano, seu vice Nesi Curi e o empresário Renato Duprat são bancadas pela parceria. Foi Duprat, aliás, quem convenceu o corintiano a ir a Londres sob o pretexto de que já havia acordo costurado para a saída de Kia.
Os cartolas mais próximos a Dualib defendiam que ele viajasse para negociar o rompimento do acordo.
Os preços do luxuoso hotel variam de R$ 743 a R$ 1.156 por pessoa. A rotina dos dirigentes inclui passeios por pontos turísticos da capital inglesa e jantares caros. Os encontros com os investidores da parceira corintiana, porém, são limitados.
Em geral, o trio é recebido por contadores e advogados dos atuais donos do futebol corintiano. Pessoas ligadas a Kia dizem que os corintianos levaram uma semana para conseguir uma reunião com o iraniano. Jantaram no domingo retrasado em um classudo restaurante londrino.
O encontro contou com a presença do empresário israelense Pini Zahavi.
A jornada atual de Dualib em Londres supera, em tempo, a do ano passado, quando o dirigente corintiano passou pouco mais de duas semanas por lá e voltou sem conseguir a saída de Kia.
Desta vez, o presidente do clube já até anunciou substitutos para o iraniano. Foi desmentido por Kia, que, no papel, dá a palavra final sobre as decisões da parceria. Caso não consiga a saída do iraniano, Dualib vai se enfraquecer politicamente, dizem dirigentes do Corinthians.
Nas reuniões em Londres, o dirigente tenta obter mais dinheiro para o time, que, segundo ele, dá prejuízo de quase R$ 3 milhões mensais. Diz também ter conseguido um orçamento maior para 2007 -de R$ 90 milhões. Em outra frente, afirma que voltará com R$ 6 milhões para estruturar o CT do Parque Ecológico do Tietê.


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