Antepenúltima prova do ano ainda não foi aprovada pela FIA

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

Após a impecável vitória de Fernando Alonso em Cingapura, as atenções da F-1 se voltam não para a próxima prova, no Japão, mas para a seguinte, na Coreia do Sul.
O motivo é simples. O autódromo de Yeongam, que deve sediar a primeira corrida de F-1 no país asiático, pode não estar pronto a tempo.
Como a Folha antecipou anteontem, a pista coreana ainda não recebeu a última camada de asfalto necessária para abrigar a corrida, marcada para 24 de outubro. Isso deveria ter sido feito na semana retrasada, mas, como havia feriados, os organizadores decidiram esperar.
Só que a chuva castigou a região na última semana, provocando inclusive algumas enchentes na área e impedindo o trabalho dos operários. Foi por isso que Charlie Whitting, inspetor de segurança da FIA, cancelou a vistoria que faria lá hoje.
Uma nova inspeção foi marcada para o próximo dia 11, a segunda-feira posterior ao GP do Japão, o que significa que os times já terão enviado seus equipamentos para a Coreia sem saber ainda se a etapa será realizada.
Estima-se que o asfalto demore de 30 a 45 dias para estar pronto para uma corrida.
"Até que estejamos correndo lá haverá alguma preocupação", disse Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1. "Precisamos ter sorte e torcer para que a corrida aconteça."
A FIA passou por cima de seu próprio regulamento. Pelo código da entidade, a vistoria no circuito coreano deveria acontecer 90 dias antes da prova, o que não ocorreu.
"A pista já deveria ter sido verificada há pelo menos umas seis semanas. Na verdade, ela até foi, mas foi reprovada", disse Ecclestone.
Além do dinheiro e da possibilidade de bagunçar a logística das equipes, a maior preocupação neste momento é com a possibilidade de o Mundial perder uma de suas etapas, o que significa 25 pontos a menos em disputa dos cem previstos no início.


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