Seleção feminina cai ante a Rússia, e só o triunfo hoje mantém país no Mundial de basquete

Michal Cizek/France Presse

A ala Sílvia tenta bloquear arremesso da russa Stepanova

Rússia 76
Brasil 53

DE SÃO PAULO

A seleção brasileira feminina de basquete enfrenta hoje o Japão, às 10h30, pela segunda rodada da segunda fase do Mundial disputado na República Tcheca.
O time nacional amargou ontem sua terceira derrota em quatro apresentações no torneio. Foi massacrada pela atual vice-campeã mundial, a Rússia, por 76 a 53.
Com apenas uma vitória sobre a já eliminada Mali, o Brasil ainda tem chances de avançar às quartas de final se emendar uma sequência jamais vista nesta competição pelas jogadoras dirigidas pelo espanhol Carlos Colinas.
É preciso vencer as japonesas, que estrearam na segunda fase com uma derrota para a Espanha por 86 a 59. E bater a República Tcheca amanhã. O time anfitrião só perdeu uma vez (justamente para a Rússia) e ontem fez 96 a 65 na Coreia do Sul, para quem as brasileiras perderam na rodada de abertura do Campeonato Mundial.
Assim, a seleção se classificaria como quarta colocada no Grupo F e enfrentaria nas quartas de final, na sexta-feira, a primeira da chave E, posto que é disputado por Austrália e Estados Unidos.
A equipe de Carlos Colinas poderia ser considerada favorita diante das japonesas, principalmente porque as asiáticas são, em média, 10 cm mais baixas do que as brasileiras neste Mundial.
A principal pontuadora do Japão é a armadora Yuki Oga, com média de 18 pontos, apesar de seus 1,70 m de altura.
Com a mesma estatura, a ala Asami Yoshida é a reboteira do time, com oito por partida.
Nem as estatísticas animadoras deram ao Brasil uma vitória contra elas na última vez em que se encontraram.
Em amistoso na semana de estreia do Mundial, a seleção perdeu por 12 pontos (83 x 71) e encerrou uma série invicta que já durava 43 anos diante das asiáticas.
"Contra o Japão, podemos vencer. É verdade que temos dificuldades contra asiáticas, mas, talvez, se forçarmos o jogo nas pivôs, conseguiremos nos impor", opinou a Iziane ao canal Sportv, após a derrota para a Rússia.
"Mas o que temos de fazer é dar uma reviravolta. Porque, se o time continuar assim, não vai se classificar mesmo", emendou. Ela fez só cinco pontos nos 29 minutos em que esteve em quadra.