São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros É meu Neymar gera onda de histeria e tietagem em Belém, com 25 mil pessoas em treino e fãs entre gritos e lágrimas na porta do hotel DO ENVIADO A BELÉM A presença de Neymar e da seleção brasileira desatou onda de loucura em Belém. Cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar do Pará, cercaram o hotel da equipe ontem. Quase todas adolescentes, meninas desesperadas por um aceno ou sorriso do atacante do Santos. Queriam entregar presentes: cartas de amor, bichos de pelúcia, pedidos de casamento, bilhetes com telefone, e-mail, endereço. A tática comum era gritar, gritar muito. Os berros eram quase todos para Neymar, 19, mas qualquer um que surgisse no saguão com camisa amarela ou credencial no pescoço era recebido com festa. De dentro do hotel, era quase impossível ouvir a histeria que vinha da rua. A polícia montou barreiras de ferro na calçada para tentar organizar a entrada e a saída dos hóspedes no hotel. Mas a insistência dos torcedores era enorme. E os policiais tiveram bastante trabalho para conter um grupo de adolescentes que tentava derrubar uma das barreiras. Além de gritos, havia lágrimas. "Minha mãe não sabe porque estou aqui, ela me proibiu de vir, mas eu não aguentei, fugi de casa e vim", afirmou A., 13 anos. "Se ela souber, me mata. Mas eu amo muito o Neymar, quero muito entregar isso para ele", disse a garota, ao mostrar a cartinha dobrada. E então voltou a berrar. Selma Anselmo, 47, aposentada, levou o filho de 10 anos para o tumulto. "Ele está operado do ouvido, mas fez questão de vir", afirmou. Exceção, o garoto queria ver Ronaldinho de perto. O movimento, na verdade, começou na noite de anteontem, após treino aberto do time no Mangueirão -o ingresso era um quilo de alimento. Cerca de 25 mil pessoas foram ao estádio, onde houve histeria a cada toque na bola de Neymar e Ronaldinho. A "perseguição" continuou durante a noite, quando se ouviram mais gritos pelos astros nas ruas em volta do hotel. Nenhum dos dois deu entrevistas na capital paraense. Foi a única chance de muita gente ver a seleção brasileira de perto, já que o treino de ontem foi fechado. Os ingressos para a partida entre Brasil e Argentina custam de R$ 90 a R$ 190. Há opção com bufê por R$ 400. Ainda há entradas à venda. Como comparação, as entradas para a partida da seleção contra Gana, disputada no dia 5, em Londres, custaram de R$ 70 e R$ 85. Este é o último compromisso do time no Brasil neste ano. A equipe ainda enfrentará Costa Rica, México e Gabão, sempre na casa do rival. E há a possibilidade de uma partida contra a Suíça ou a Inglaterra. (MARTÍN FERNANDEZ) Texto Anterior: Novo empate pode fazer equipe reviver trauma dos pênaltis Próximo Texto: Treinador dá conselho público ao atacante Índice | Comunicar Erros

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