São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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Oleg volta ao país com novo chefe

GINÁSTICA
Grupo de empresários contrata técnico ucraniano para dirigir projeto no Paraná


FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Depois de três anos, o técnico que ajudou a impulsionar a ginástica artística no Brasil está de volta ao país.
O ucraniano Oleg Ostapenko treinou a equipe feminina do Brasil de 2002 a 2008 e ajudou o país a ganhar seu primeiro ouro em Mundiais e a alcançar finais olímpicas.
Era bancado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), com ajuda do Solidariedade Olímpica, programa de desenvolvimento do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Ostapenko retorna ao país convidado por uma parceria firmada entre a Federação Paranaense de Ginástica e o Movimento LiveWright, um grupo de empresários, com apoio do governo paranaense.
Citado várias vezes como o "melhor técnico de ginástica do mundo" e sem recusar o rótulo, Ostapenko afirmou que agora será mais fácil conseguir resultados no Brasil.
"Com toda a estrutura criada, o nível das ginastas de 12 anos é muito melhor do que oito anos atrás", afirmou Ostapenko, cujo português "enferrujou" nos últimos anos.
Sua mulher, a treinadora de coreografia Nadia Ostapenko, serviu como intérprete do treinador durante a apresentação do projeto.
Nadia, porém, afirmou que o marido comandou um treino anteontem e não teve problemas em se comunicar com as ginastas em Curitiba.
"Como são usados muitos termos técnicos, ele falava até sem gaguejar", declarou ela.
Com orçamento de R$ 3,5 milhões no primeiro ano, a ideia é que o projeto conte com 32 centros espalhados pelo Paraná até 2015.
"Queremos ter cerca de 20 mil crianças praticando ginástica até lá", afirmou a secretária-geral da federação e coordenadora técnica do programa, Eliane Martins.
Para o alto nível, o projeto planeja realizar peneiras, com cerca de 13 mil meninas, para tentar detectar cerca de 1% de crianças talentosas.
"Para termos uma campeã mundial ou olímpica, é preciso que a criança tenha o dom da ginástica. Por isso, vamos fazer essa seleção", disse a cartola da federação.
Além de Ostapenko, o programa também investiu para contratar Nellie Kim, do Comitê Técnico da Federação Internacional de Ginástica.
"Ela vai ser uma conselheira internacional", declarou Luis Resende, executivo do LiveWright. "Além de visitar o projeto duas ou três vezes por ano, ela também vai nos ajudar com contatos."


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