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FUTEBOL
Equipe principal e time olímpico terão agenda cheia e criam conflito com o segundo Brasileiro de pontos corridos
Seleção compromete calendário de 2004
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O calendário do futebol brasileiro para 2004, que promete um
conflito entre seleção e clubes, será divulgado hoje pela Confederação Brasileira de Futebol.
O segundo Nacional de pontos
corridos está desenhado com 24
times, mas a agenda pesada das
seleções brasileiras ameaça a programação. Eliminatórias da Copa
nos dois semestres, Copa América e Olimpíada na metade do ano,
amistosos e jogo-festa da Fifa.
Já em janeiro, alguns atletas do
país terão que servir a seleção no
Pré-Olímpico do Chile, que acontecerá entre os dias 7 e 25.
O Santos, campeão nacional
que ainda está na luta pelo bicampeonato, poderá ceder quatro de
seus principais jogadores para a
seleção sub-23: o zagueiro Alex, o
volante Paulo Almeida, o meia
Diego e o atacante Robinho.
O técnico da seleção olímpica,
Ricardo Gomes, terá mais poder
no ano que vem para reunir seus
preferidos em amistosos ao longo
do primeiro semestre. Mesmo
com o Santos na Libertadores, o
clube teria dificuldade para manter seus jovens selecionáveis.
Se neste ano a seleção principal
fará apenas quatro partidas pelas
eliminatórias, em 2004 serão sete
compromissos rumo à Copa. Parreira também comandará o time
durante quase todo o mês de julho na Copa América no Peru.
A base da equipe é estrangeira,
mas alguns destaques que atuam
no país, como Alex (Cruzeiro),
Luis Fabiano (São Paulo) e Marcos (Palmeiras), têm frequentado
as convocações de Parreira.
A seleção principal deverá fazer
um amistoso já em fevereiro. Em
maio, haverá um jogo contra a
França em Paris para celebrar o
centenário da Fifa. Apenas em janeiro e dezembro, a equipe de
Parreira não deverá ir a campo.
"O calendário será uma ameaça
aos clubes devido aos vários jogos
da seleção. Vemos agora o problema do Palmeiras com seus jogadores podendo servir a equipe
sub-20. O Brasileiro não vai poder
parar durante a Copa América e a
Olimpíada", disse Fábio Koff,
presidente do Clube dos 13.
O dirigente teme que a CBF não
escute formalmente os clubes para definir o sistema de disputa do
Brasileiro-2004. ""Para definir, por
exemplo, se cairão quatro ou dois
times, a CBF precisaria ouvir o
Conselho Técnico [órgão com os
clubes da elite]", disse Koff.
A CBF, atendendo à solicitação
da Fifa, quer reduzir o número de
participantes na primeira divisão.
A idéia seria deixar 20 clubes na
elite a partir de 2006 -inicialmente, já cairiam quatro equipes
neste ano, mas, após pressão de
alguns clubes, cairão apenas duas.
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