São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2004

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Corinthians consegue executar plano, mas volta a tropeçar no Sul

DA REPORTAGEM LOCAL

Aproveitar o erro do rival e sair na frente no placar. O Corinthians conseguiu colocar em prática sua estratégia que havia sido planejada para o jogo contra o Criciúma, mas não teve paciência para segurar o resultado e saiu de Santa Catarina com um empate em 1 a 1.
Com o tropeço, a equipe paulista terminou a rodada na oitava posição da tabela, com 58 pontos -sete a menos que São Paulo e São Caetano, que estão na zona de classificação para a Libertadores, mas que têm um jogo a menos que o time do Parque São Jorge.
O Corinthians inaugurou o placar com apenas três minutos de jogo, no seu primeiro ataque.
Após cruzamento da esquerda, Renato apareceu sozinho na área do Criciúma e, de cabeça, tocou para o fundo da rede.
Depois do gol, a equipe da casa passou a dominar as ações ofensivas, mas dava aos corintianos a chance de contragolpear. O time do técnico Tite, no entanto, não conseguia sair rápido da defesa para o ataque para ameaçar o gol defendido pelo goleiro Roberto.
Os catarinenses atacavam principalmente pelas laterais, aproveitando-se dos espaços deixados pelos alas corintianos.
E foi numa jogada pela direita que, aos 33min, o Criciúma chegou ao empate. O lateral-direito Ângelo invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro Valdson. O árbitro marcou pênalti, que Cléber Gaúcho, aos 35min bateu: 1 a 1.
Depois do empate, o Criciúma teve pelo menos mais três oportunidades de desempatar o confronto ainda na etapa inicial, sobretudo com faltas ocorridas próximas à grande área, mas parou nas defesas de Fábio Costa.
No fim da primeira etapa, os corintianos saíram de campo reclamando muito da arbitragem.
"Nós podemos melhorar um pouquinho para vencer. Mas quem tem que melhorar é o juiz que acabou nos prejudicando um pouquinho", reclamou Renato.
Na segunda etapa, o Criciúma continuou pressionando o Corinthians, que não conseguia nem mesmo contra-atacar.
Depois, o anúncio da morte do zagueiro Serginho quase causou a paralisação da partida.
O estafe corintiano que estava no Sul chegou a tomar conhecimento da morte do jogador do São Caetano, mas preferiu não divulgar o ocorrido para os atletas e para a comissão técnica corintiana antes do fim do confronto em Santa Catarina para evitar que eles ficassem psicologicamente impossibilitados de jogar.
A informação, porém, chegou aos ouvidos dos atletas aos 27min do segundo tempo, quando houve tentativa de se fazer uma homenagem ao jogador morto, com um minuto de silêncio.
Ao saberem do que ocorrera no Morumbi, os atletas do Corinthians ficaram abalados -muitos começaram a chorar.
"É uma tristeza acontecer uma coisa dessas com um companheiro nosso", afirmou o atacante Marcelo Ramos.
Ao todo, a partida ficou paralisada por seis minutos. O goleiro Fábio Costa chegou a sugerir ao árbitro a suspensão da partida, mas o mais abalado era o volante Fabinho. O atleta, que fora amigo de Serginho no São Caetano, chorava compulsivamente. Tite quis substituir o volante, que afirmou que gostaria de continuar na partida. "Falei com ele na semana passada. É muito triste, mas a gente tem que tentar aceitar", disse Fabinho ao deixar o campo, após o término do confronto, chorando muito.


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