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Corinthians consegue executar plano, mas volta a tropeçar no Sul
DA REPORTAGEM LOCAL
Aproveitar o erro do rival e sair
na frente no placar. O Corinthians
conseguiu colocar em prática sua
estratégia que havia sido planejada para o jogo contra o Criciúma,
mas não teve paciência para segurar o resultado e saiu de Santa Catarina com um empate em 1 a 1.
Com o tropeço, a equipe paulista terminou a rodada na oitava
posição da tabela, com 58 pontos
-sete a menos que São Paulo e
São Caetano, que estão na zona de
classificação para a Libertadores,
mas que têm um jogo a menos
que o time do Parque São Jorge.
O Corinthians inaugurou o placar com apenas três minutos de
jogo, no seu primeiro ataque.
Após cruzamento da esquerda,
Renato apareceu sozinho na área
do Criciúma e, de cabeça, tocou
para o fundo da rede.
Depois do gol, a equipe da casa
passou a dominar as ações ofensivas, mas dava aos corintianos a
chance de contragolpear. O time
do técnico Tite, no entanto, não
conseguia sair rápido da defesa
para o ataque para ameaçar o gol
defendido pelo goleiro Roberto.
Os catarinenses atacavam principalmente pelas laterais, aproveitando-se dos espaços deixados
pelos alas corintianos.
E foi numa jogada pela direita
que, aos 33min, o Criciúma chegou ao empate. O lateral-direito
Ângelo invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro Valdson. O árbitro marcou pênalti, que Cléber
Gaúcho, aos 35min bateu: 1 a 1.
Depois do empate, o Criciúma
teve pelo menos mais três oportunidades de desempatar o confronto ainda na etapa inicial, sobretudo com faltas ocorridas próximas à grande área, mas parou
nas defesas de Fábio Costa.
No fim da primeira etapa, os corintianos saíram de campo reclamando muito da arbitragem.
"Nós podemos melhorar um
pouquinho para vencer. Mas
quem tem que melhorar é o juiz
que acabou nos prejudicando um
pouquinho", reclamou Renato.
Na segunda etapa, o Criciúma
continuou pressionando o Corinthians, que não conseguia nem
mesmo contra-atacar.
Depois, o anúncio da morte do
zagueiro Serginho quase causou a
paralisação da partida.
O estafe corintiano que estava
no Sul chegou a tomar conhecimento da morte do jogador do
São Caetano, mas preferiu não divulgar o ocorrido para os atletas e
para a comissão técnica corintiana antes do fim do confronto em
Santa Catarina para evitar que
eles ficassem psicologicamente
impossibilitados de jogar.
A informação, porém, chegou
aos ouvidos dos atletas aos 27min
do segundo tempo, quando houve tentativa de se fazer uma homenagem ao jogador morto, com
um minuto de silêncio.
Ao saberem do que ocorrera no
Morumbi, os atletas do Corinthians ficaram abalados -muitos
começaram a chorar.
"É uma tristeza acontecer uma
coisa dessas com um companheiro nosso", afirmou o atacante
Marcelo Ramos.
Ao todo, a partida ficou paralisada por seis minutos. O goleiro
Fábio Costa chegou a sugerir ao
árbitro a suspensão da partida,
mas o mais abalado era o volante
Fabinho. O atleta, que fora amigo
de Serginho no São Caetano, chorava compulsivamente. Tite quis
substituir o volante, que afirmou
que gostaria de continuar na partida. "Falei com ele na semana
passada. É muito triste, mas a
gente tem que tentar aceitar", disse Fabinho ao deixar o campo,
após o término do confronto,
chorando muito.
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