Na etapa da Copa do Mundo em Stuttgart, Jade Barbosa fatura duas pratas e mantém sua média de pódios neste ano

Ginasta paulista enfrenta "tapetão", mas vence no solo e agora soma 15 medalhas na história do circuito, assim como a atleta gaúcha

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Diego Hypólito e Jade Barbosa voltaram ontem a protagonizar as melhores atuações do Brasil na etapa da Copa do Mundo de ginástica artística em Stuttgart (Alemanha).
Diego, de novo, triunfou no solo e alcançou sua 15ª medalha no torneio, igualando marca de Daiane dos Santos, então a mais premiada do país e que se recupera de cirurgia no pé.
Agora cada um detém dez ouros, uma prata e quatro bronzes na Copa, evento que na ginástica só perde em importância para o Mundial e a Olimpíada.
"Fiz boa série. Mas cometi um errinho na terceira passada, imperceptível para o público. Estou feliz e aliviado, porque, como sou bicampeão mundial, todo mundo acha que é fácil, mas não é", disse Diego, 21.
Esse erro, que consistiu na repetição de um movimento apresentado na segunda passada, motivou um recurso por parte da delegação romena.
"Foi estranho. Nunca vi alguém fazer recurso para abaixar nota de outro atleta", afirmou o técnico Renato Araújo.
No "tapetão", Diego perdeu 0,2 ponto e viu sua nota cair de 15,775 para 15,575, mesmo escore do romeno Razvan Selariu. "A sorte foi que deram o ouro para os dois. Se não, iria protestar. Além do mais, para o mundo, foi a imagem do Diego no alto do pódio", disse Araújo.
Já Jade Barbosa não enfrentou recursos, mas, como no Pan-07, teve que se superar.
Classificada a todas as finais (paralelas assimétricas, salto, solo e trave), ela calou o ginásio no primeiro aparelho, quando suas mãos escaparam da barra e a jogaram de joelhos no chão.
"Até passei mel na mão, mas escorreguei. Não machucou, foi só o susto", disse Jade, 16, que ainda completou a série (que era nova) e ficou em oitavo lugar. "A queda me deu forças para ir melhor nas outras finais."
E ela foi mesmo. Logo em seguida, Jade faturou sua primeira medalha do dia, a prata no salto. Obteve 14,537, ficando só 0,225 ponto atrás da campeã, Oksana Chusovitina (ALE).
Aposta do técnico da seleção, Oleg Ostapenko, para a Olimpíada, Jade faturou outra prata, agora no solo, com 14,300 -Daria Joura (AUS) venceu com 14,825. E foi quarta na trave.
As duas medalhas em Stuttgart deixam Jade com 21 pódios em oito torneios na temporada, média de quase três por evento.
Ela e Diego participam hoje de torneio festivo. Já Daniele Hypólito (quinto lugar na trave e no solo) e Victor Rosa (quarto no solo) só irão assisti-los.

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