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Conselho barra extensão de Della Monica no poder
Após presidente do Palmeiras ficar a 12 votos de conquistar prorrogação de mandato, aliados buscam brecha jurídica
Aposta de dirigente na boa performance da equipe no Brasileiro não surte o efeito desejado, e agora clube terá de fazer eleições em janeiro
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Palmeiras,
Affonso della Monica, não conseguiu aprovar a reforma estatutária que prorrogaria seu
mandato por mais um ano.
Em reunião realizada ontem
à noite no Parque Antarctica,
133 conselheiros votaram a favor do pacote de alterações no
estatuto do clube e 114 votaram
pelo "não". Della Monica precisava de 145 votos favoráveis.
Com isso, as próximas eleições do Palmeiras serão em janeiro do ano que vem, apesar
de membros do grupo situacionista ainda citarem uma possível brecha jurídica na questão.
"Existe um entendimento jurídico de que, de acordo com o
estatuto, independentemente
do resultado aqui, ele precisaria
passar pelo crivo dos sócios",
afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Seraphim del Grande.
O grupo que apóia Della Monica poderia tentar, dessa maneira, levar a reforma estatutária para a aprovação de dois terços dos associados presentes ao
encontro. Por outro lado, o grupo de oposição não acredita
nessa possibilidade.
"Esse entendimento jurídico
não faz sentido. O associado vai
analisar o quê, a rejeição à proposta do conselho?", comentou
o conselheiro Ricardo Pisani,
que é membro da oposição.
"Estamos no final de outubro
e, com as eleições para acontecer em janeiro, não haveria
tempo hábil para isso", acrescentou o conselheiro.
Della Monica tinha a intenção de ficar no poder até novembro do ano que vem, quando seriam realizadas novas
eleições. O novo presidente tomaria posse em dezembro, cerca de cinco dias após a última
rodada do Brasileiro (no dia 6).
Desde que começou a costurar o acordo político nos bastidores do clube, o atual mandatário encontrou resistência
dentro do seu próprio grupo de
apoio, que divergia de alguns
pontos, o que quase provocou
um racha na situação.
O principal cabo eleitoral de
Della Monica era o futebol, pois
o dirigente enxergava na boa
campanha do Palmeiras no
Brasileiro o melhor jeito de evitar críticas e diminuir a rejeição
entre alguns conselheiros.
Recentemente, o presidente
chegou a afirmar que montaria
um esquadrão para 2009 com a
contratação de mais reforços. E
disse que o próprio técnico
Vanderlei Luxemburgo apoiava sua permanência no poder.
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