São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2008

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Conselho barra extensão de Della Monica no poder

Após presidente do Palmeiras ficar a 12 votos de conquistar prorrogação de mandato, aliados buscam brecha jurídica

Aposta de dirigente na boa performance da equipe no Brasileiro não surte o efeito desejado, e agora clube terá de fazer eleições em janeiro


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Palmeiras, Affonso della Monica, não conseguiu aprovar a reforma estatutária que prorrogaria seu mandato por mais um ano.
Em reunião realizada ontem à noite no Parque Antarctica, 133 conselheiros votaram a favor do pacote de alterações no estatuto do clube e 114 votaram pelo "não". Della Monica precisava de 145 votos favoráveis.
Com isso, as próximas eleições do Palmeiras serão em janeiro do ano que vem, apesar de membros do grupo situacionista ainda citarem uma possível brecha jurídica na questão.
"Existe um entendimento jurídico de que, de acordo com o estatuto, independentemente do resultado aqui, ele precisaria passar pelo crivo dos sócios", afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Seraphim del Grande.
O grupo que apóia Della Monica poderia tentar, dessa maneira, levar a reforma estatutária para a aprovação de dois terços dos associados presentes ao encontro. Por outro lado, o grupo de oposição não acredita nessa possibilidade.
"Esse entendimento jurídico não faz sentido. O associado vai analisar o quê, a rejeição à proposta do conselho?", comentou o conselheiro Ricardo Pisani, que é membro da oposição.
"Estamos no final de outubro e, com as eleições para acontecer em janeiro, não haveria tempo hábil para isso", acrescentou o conselheiro.
Della Monica tinha a intenção de ficar no poder até novembro do ano que vem, quando seriam realizadas novas eleições. O novo presidente tomaria posse em dezembro, cerca de cinco dias após a última rodada do Brasileiro (no dia 6).
Desde que começou a costurar o acordo político nos bastidores do clube, o atual mandatário encontrou resistência dentro do seu próprio grupo de apoio, que divergia de alguns pontos, o que quase provocou um racha na situação.
O principal cabo eleitoral de Della Monica era o futebol, pois o dirigente enxergava na boa campanha do Palmeiras no Brasileiro o melhor jeito de evitar críticas e diminuir a rejeição entre alguns conselheiros.
Recentemente, o presidente chegou a afirmar que montaria um esquadrão para 2009 com a contratação de mais reforços. E disse que o próprio técnico Vanderlei Luxemburgo apoiava sua permanência no poder.


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