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Surpresa, Hoffenheim deixa vila por protagonismo no Alemão
Clube de cidade de 3.272 habitantes é líder e tem melhor ataque de Nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
A Alemanha assiste boquiaberta ao crescimento de um caçula. O Hoffenheim, um time
de vila que decidiu investir pesado no futebol repentinamente, lidera a rica Bundesliga.
Hoffenheim, que significa
""lugar de esperança", segundo
censo de domingo, tem 3.272
habitantes. O time que representa o local, fundado em 1899,
traçou plano, ousado e bem-sucedido, de chegar à primeira divisão. Mas já foi além disso.
A equipe tem 19 pontos no
Alemão, um a mais do que o vice-líder Bayer Leverkusen,
quatro a mais que o poderoso
Bayern de Munique. O time joga amanhã fora de casa com o
Bochum, mas, após fazer 3 a 0
no Hamburgo, anteontem, ninguém despreza a sensação.
Apesar de ser antigo, o Hoffenheim iniciou processo de ascensão no futebol profissional
há só nove temporadas, quando
deixou de ser uma equipe regional -o clube se limitava a
Baden-Württemberg, que fica
no sudoeste da Alemanha.
""A princípio, todos nós ríamos, mas agora é preciso levá-lo a sério", falou Franz Beckenbauer, presidente do Bayern e
maior ídolo do futebol alemão.
O Hoffenheim tem o melhor
ataque da Bundesliga, com 24
gols, prova de ousadia em um
time considerado pequeno.
A dupla formada pelo bósnio
Vedad Ibisevic e pelo senegalês
Demba Ba é a mais letal da liga
-balançou as redes 15 vezes.
E há um brasileiro brilhando:
Carlos Eduardo, ex-Grêmio (há
outros dois ""brazucas", Luiz
Gustavo e Wellington).
O bósnio Sejad Salihovic, o
hispano-alemão Francisco Copado e o nigeriano Chinedu
Obasi são outros "astros" do time -domingo, Obasi fez dois
gols no favorito Hamburgo.
Ralf Rangnick, ex-técnico de
Schalke 04 e Stuttgart, dirige o
clube desde 2006. O time tem
por trás uma lenda de outro esporte: o diretor Bernhard Peters, duas vezes campeão mundial como técnico de hóquei, virou as costas para o Bayern.
O patrono é Dietmar Hopp,
milionário que, em 1989, assumiu o clube. Ele investiu mais
de 20 milhões em atletas e
fez estádio para 40 mil pessoas,
que custou mais de 60 milhões. O local só poderá ser
usado em fevereiro -o time
manda jogos em Mannheim.
Com agências internacionais
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