|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NBA abre jornada e tenta driblar a crise nos EUA
Liga tem queda na procura por entradas e demite às vésperas de início de torneio
Em temporada que promete ser competitiva, Boston e LA Lakers, finalistas do último campeonato, despontam como favoritos ao título
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com três partidas e tentando
diminuir os efeitos da crise que
assola os EUA, a NBA joga bola
ao alto hoje para o início da
temporada. O destaque da rodada inicial é o confronto entre
Boston, atual campeão, e Cleveland, finalista em 2006/07.
"Não esperamos ter um
grande impacto [da crise norte-americana], mas me atreveria a
dizer que haverá algum impacto", minimiza David Stern,
principal dirigente da liga.
O dirigente admitiu, porém,
que a procura por ingressos
neste início de temporada foi
menor do que a do ano passado.
Por conta desses fatores e para se adequar à nova situação,
Stern anunciou, há alguns dias,
o enxugamento de 9% do número de funcionários da liga
-houve o corte de 80 vagas.
"Há alguns meses, já acreditávamos que a economia passaria por um período de turbulências. Assim, começamos a
apertar o cinto", contou ele.
Outra das medidas práticas
tomadas foi a redução da pré-temporada internacional.
O tour deste ano foi menos
badalado, com quatro partidas
em quatro cidades européias,
com a participação de Miami,
New Jersey, Washington e
New Orleans. Em 2007, houve
sete confrontos em seis cidades. A expectativa, diante do
sucesso alcançado, era que a
iniciativa fosse ampliada.
Um litígio de fundo econômico também fez mais uma franquia mudar de endereço. O
Seattle Supersonics foi extinto,
sendo substituído pelo Oklahoma City Thunder, que faz sua
estréia nesta temporada.
A equipe morou 41 anos em
Seattle e, neste período, ganhou o título em 1979. Com um
elenco modesto, no qual se destaca Kevin Durant, melhor novato em 2007/08, o objetivo é
escapar das últimas posições.
Se sofreu transferência de
franquias, a NBA também teve
que aceitar, pela primeira vez, a
fuga de talentos para a Europa.
De olho em contratos mais
vantajosos no velho continente, o torneio perdeu nomes como Jorge Garbajosa e Carlos
Delfino (ex-Toronto), Carlos
Arroyo (ex-Orlando), Josh
Childress (ex-Atlanta) e Juan
Carlos Navarro (ex-Memphis).
Não bastasse isso, o brasileiro Tiago Splitter abriu mão de
integrar o San Antonio, vice-campeão do Oeste, para seguir
no basquete espanhol.
Entre os que ficaram, no duelo de forças da liga, Boston e LA
Lakers, os últimos finalistas,
surgem como favoritos.
O Boston conservou seu "big
trio" Paul Pierce, Ray Allen e
Kevin Garnett. Em compensação, perdeu reservas importantes, fundamentais na conquista
do título da última temporada.
O ala-pivô P.J. Brown se aposentou. Já o ala James Posey se
transferiu para o New Orleans.
Já o LA Lakers manteve a base do ano passado e ganhou o
reforço do grandalhão Andrew
Bynum (2,16 m), que volta ao
garrafão da equipe após se recuperar de cirurgia no joelho.
Com Kobe Bryant, MVP
(melhor jogador) do último
torneio, e Pau Gasol, mais adequado ao sistema de jogo do
técnico Phil Jackson, o time se
credencia ao título. "Somos favoritos por termos todas as peças do quebra-cabeça. Só precisamos montá-lo", diz Kobe.
Em uma temporada que promete ser competitiva, San Antonio, Houston, New Orleans,
Phoenix, Detroit e Cleveland
são capazes de surpreender.
Texto Anterior: Humilde: Chefe não se vê como Abramovich Próximo Texto: Brasil: Jogadores do país buscam recuperar espaço perdido na liga Índice
|