São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Apagão defensivo aflige o São Paulo

Dono da melhor defesa do Brasileiro admite falhas em jogadas de bola parada após sofrer 11 gols nos últimos sete jogos

Contra o Internacional, no Morumbi, em jogo que vale a liderança, equipe jogará sem o goleiro Rogério, que será substituído por Bosco

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo, que hoje à noite enfrenta o Internacional, no Morumbi, é o time menos vazado do Brasileiro. Mas, se depender do desempenho de sua zaga nos últimos jogos, o aposto de melhor defesa está a perigo.
Dos 34 gols tomados pela equipe são-paulina nas 31 rodadas já jogadas deste Nacional, 11 aconteceram somente nas últimas sete partidas.
Ou seja: o São Paulo, na busca do quarto título consecutivo, sofreu quase um terço dos gols nas últimas cinco semanas, justamente quando o clube voltou a oscilar no campeonato.
Tanto que a média de tentos sofridos pelo time tricolor no Brasileiro é de 1,09 gol por confronto. Mas, se o índice for calculado só a partir dos últimos sete jogos, sobe para 1,57 tento por duelo -aumento de 44%.
Por isso, os três gols santistas no clássico de domingo, na Vila Belmiro, ligaram o sinal de alerta no CT da Barra Funda.
E encobriram até as reclamações em torno da falta de eficácia do ataque são-paulino, setor mais deficiente do time. A equipe tricolor tem apenas o 11º ataque mais positivo do Nacional.
"Gols de bola parada são resultado de falha defensiva, e não de mérito do atacante. Uma zaga alta como a nossa não pode levar tantos gols de cabeça", falou André Dias.
Nos últimos quatro jogos, o time expôs deficiências pouco vistas até então. Mesmo com três zagueiros de boa estatura -Renato Silva (1,83 m), André Dias (1,84 m) e Miranda (1,85 m)- e a ajuda de Washington (1,90 m) na defesa em lances de bola parada, o São Paulo vem sofrendo com o "caos aéreo".
O primeiro sinal disso ocorreu no jogo contra o Coritiba, quando um gol olímpico de Marcelinho Paraíba selou o 2 a 2 em pleno Morumbi.
No jogo seguinte, um gol de Diego Tardelli, no começo de São Paulo x Atlético-MG, adveio da inércia coletiva da zaga, que não alcançou a bola em uma cobrança de falta na área.
Por fim, os três gols marcados pelo Santos no fim de semana aconteceram depois de dois escanteios e de um cruzamento na área são-paulina.
Ricardo Gomes teve só dois dias para tentar corrigir os erros defensivos para o duelo contra o Inter, que, como o São Paulo, soma 52 pontos. Quem vencer hoje dorme líder do Brasileiro, já que Palmeiras e Atlético-MG só jogam amanhã.
"Mostrei imagens e depois fiz dez ou 15 minutos de trabalho dentro do campo. É pouco. Não vai dar para corrigir tudo, mas espero melhorar um pouco o aproveitamento na bola parada defensiva", disse o treinador.
O técnico terá mais um motivo para preocupação hoje. O time estará sem zagueiros no banco. Rodrigo sofreu uma fratura na mão direita e ficará longe da equipe por um mês.
Caso queira substituir um de seus beques titulares, Ricardo Gomes terá que apelar para as improvisações -Zé Luis e Richarlyson já atuaram como zagueiros neste campeonato.
No gol, Bosco venceu a disputa com Denis e será o substituto de Rogério, que está suspenso.
"Conta o momento e a qualidade. O Bosco teve uma boa atuação contra o Corinthians e uma excelente atuação contra o Náutico", declarou o treinador.


Texto Anterior: Tostão: Craques e artilheiros
Próximo Texto: Equipe tenta encerrar série ruim em casa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.