São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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NATAÇÃO

Ana Marcela diz que faltou segurança em maratona

Campeã vê falha em prova que teve morte

TARSO ARAUJO
DE SÃO PAULO

Em sua chegada ao Brasil, anteontem, Ana Marcela Cunha queixou-se das condições de segurança da última etapa da Copa do Mundo de maratona aquática, no sábado, na praia de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos.
Na prova de 10 km, a brasileira conquistou o título do circuito, e o norte-americano Fran Crippen, 26, morreu.
Para a nadadora, além da disposição do atleta de completar a última etapa da temporada, a falta de segurança contribuiu para sua morte.
"Ele já estava mal, lá atrás, e sempre nadava na frente. E não tinha barco-guia. Na prova, havia 55 homens e 27 mulheres, mas só dois jet skis e três ou quatro barcos. Isso deixa [a prova] mais insegura", afirmou a atleta à Folha.
Ana Marcela, 18, diz que, em outras etapas, havia dezenas de barcos de apoio, além de jet skis e salva-vidas. Em Fujairah, afirma ter visto só as embarcações dos juízes, que seguem os líderes.
"Sempre tem um barco acompanhando o último colocado. Foi uma coisa mal organizada", disse a brasileira.
A norte-americana Christine Jennings, 23, falou a agências internacionais que vomitou várias vezes e que passou longos períodos boiando de costas, sem socorro.
Ainda em Fujairah, os nadadores decidiram pedir a suas federações que imponham o limite de 28C para a temperatura da água em maratonas -o mar estava a 30,5C em Fujairah. Hoje, só se cancela a prova se a água estiver a menos de 16C.


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