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NATAÇÃO
Ana Marcela diz que faltou segurança em maratona
Campeã vê falha em prova que teve morte
TARSO ARAUJO
DE SÃO PAULO
Em sua chegada ao Brasil,
anteontem, Ana Marcela Cunha queixou-se das condições de segurança da última
etapa da Copa do Mundo de
maratona aquática, no sábado, na praia de Fujairah, nos
Emirados Árabes Unidos.
Na prova de 10 km, a brasileira conquistou o título do
circuito, e o norte-americano
Fran Crippen, 26, morreu.
Para a nadadora, além da
disposição do atleta de completar a última etapa da temporada, a falta de segurança
contribuiu para sua morte.
"Ele já estava mal, lá atrás,
e sempre nadava na frente. E
não tinha barco-guia. Na prova, havia 55 homens e 27 mulheres, mas só dois jet skis e
três ou quatro barcos. Isso
deixa [a prova] mais insegura", afirmou a atleta à Folha.
Ana Marcela, 18, diz que,
em outras etapas, havia dezenas de barcos de apoio,
além de jet skis e salva-vidas.
Em Fujairah, afirma ter visto
só as embarcações dos juízes, que seguem os líderes.
"Sempre tem um barco
acompanhando o último colocado. Foi uma coisa mal organizada", disse a brasileira.
A norte-americana Christine Jennings, 23, falou a agências internacionais que vomitou várias vezes e que passou
longos períodos boiando de
costas, sem socorro.
Ainda em Fujairah, os nadadores decidiram pedir a
suas federações que imponham o limite de 28C para a
temperatura da água em maratonas -o mar estava a
30,5C em Fujairah. Hoje, só
se cancela a prova se a água
estiver a menos de 16C.
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