São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Brasil perde nos pênaltis ante Canadá

FUTEBOL Equipe feminina permite empate no fim do 2º tempo e é prata

MARCEL MERGUIZO
ENVIADO ESPECIAL A GUADALAJARA

A seleção brasileira feminina de futebol, que caiu nas quartas de final da Copa do Mundo neste ano (depois do vice em 2007) e que também bateu na trave olímpica com duas pratas (2004 e 2008), perdeu novamente uma final e uma disputa de pênaltis, desta vez em Guadalajara.
A equipe, atual bicampeã do torneio, deixou escapar uma vitória quase certa.
Sem as carrascas americanas -que não foram ao Pan com sua equipe principal, a que bateu o Brasil nos pênaltis no Mundial, em julho-, as brasileiras perderam ontem a decisão por pênaltis para as canadenses (4 a 3).
Debinha e Grazielle tiveram as cobranças defendidas pela goleira adversária.
O futebol brasileiro foi um dos grandes fiascos da delegação nacional no Pan. O masculino, comandado por Ney Franco, caiu ainda na primeira fase, sem vitórias.
O título esteve nas mãos das brasileiras desde o início. A atacante Debinha abriu o placar logo aos 3min de partida, com um belo chute de fora da área, no ângulo da goleira canadense Leblanc.
Depois, o Brasil segurou a pressão das rivais durante quase toda a partida. Mas falhou, e o Canadá empatou o jogo aos 43min do segundo tempo. Depois de cobrança de escanteio, a capitã Sinclair marcou de cabeça: 1 a 1.
No Pan do Rio, em 2007, a final teve goleada de 5 a 0 sobre os EUA. Em Santo Domingo-2003, porém, houve vitória apertada, também na prorrogação, ante o Canadá.
Em Guadalajara, a seleção feminina passou por vários momentos difíceis. Antes da semifinal, no domingo, morreu Brasil Gonçalves, 72, pai da lateral direita Maurine.
A morte tocou as jogadoras um dia após o empate contra as canadenses (0 a 0) na primeira fase, até ontem a única partida que a seleção não havia vencido no Pan.
Na semifinal, na terça-feira, o gol da vitória dramática de 1 a 0 sobre o México foi de Maurine, o que gerou choro da atleta e promessa de um ouro em homenagem ao pai.
"Antes de vir para o Pan, visitei meu pai no hospital, e ele pediu para eu levar o ouro para ele", disse a lateral antes da decisão. Não conseguiu cumprir o prometido.
Sem oito titulares da última Copa do Mundo e, principalmente, sem as estrelas Marta e Cristiane, o técnico Kleiton Lima armou o time com cinco defensoras (5-3-2).
Na véspera da final, outro susto. O treinador brasileiro fraturou uma costela após acidente de carro em Guadalajara, mas comandou normalmente a seleção ontem.
Com o estádio Omnilife, do Chivas, com mais da metade dos seus 45 mil lugares ocupados por uma torcida entusiasmada, o México venceu a Colômbia (1 a 0) na prorrogação e ficou com o bronze.


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